FUTEBOL

Vídeo: Ex-presidente do Vitória confessa ter comprado desembargador do RJ

O ex-presidente também confessou ter fraudado o exame de doping de um jogador, que segundo Carneiro "era maconheiro"

O ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, fez declarações polêmicas na noite desta terça-feira (25/6), durante uma live no canal Zona Mista, no Youtube. Durante a entrevista ele admitiu ter comprado um desembargador para garantir que o Campeonato do Nordeste de 2003 fosse realizado.

“Eu entrei com uma ação contra a CBF e contra a Globo. Peguei um advogado no Rio, meu amigo Pedro Paulo Magalhães, bom pra caramba, e eu comprei um desembargador no Rio por R$ 600 mil”, admitiu o dirigente que foi avisado que ainda estava ao vivo e parou de falar.

Além disso, Carneiro contou que fraudou um exame antidoping de um atleta do clube para que ele não fosse flagrado por uso de um entorpecente. O ex-dirigente disse ter entregado sua urina ao atacante Matuzalem, por conta do risco de ele ser pego por uso de maconha.

"Aí eu subi a escada atrás de Matuzalem, que o cínico era o Matuzalem, vagabundo. Já troquei até urina para salvar o doping dele, que ele era maconheiro", afirmou criticando o jogador.

Presidente do Vitória entre 1991 e 2000, Carneiro voltou ao cargo em 2019, mas foi destituído em 2022 após o Conselho Deliberativo do Vitória tê-lo afastado por decisão da Comissão de Ética do clube.

Essa não foi a primeira vez que o dirigente deu entrevista polêmicas, em 2017 Carneiro contou já te comprado juízes de partidas de futebol. "Já comprei juiz. Paguei mala azul, rosa… Comprei a zaga toda de um time baiano e combinei na sala quando ia ser pênalti", disse a TV Aratu.

Na época, ele também sugeriu que não haveria qualquer problema em Ednaldo Rodrigues, então presidente da federação baiana, interferir em prol do Vitória. "Se Ednaldo beneficia o Vitória, não faz mais que a obrigação", afirmou.


Em nota divulgada nas redes sociais o programa Zona Mista se manifestou disse que o programa foi editado com o objetivo de "promover e preservar o respeito mútuo com sua audiência e convidados(as)."

"Nos comprometemos a preservar o bem-estar, a imagem e os direitos de cada convidado(a), atendendo, sempre que possível, solicitações de forma cordial", acrescentaram.

O Correio entrou em contato com Paulo Carneiro mas até o momento não obteve resposta. 

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