Holanda e França protagonizaram o primeiro empate sem gols da Eurocopa-2024, e um lance bastante polêmico marcou o duelo pela segunda rodada da fase de grupos. Aos 23 minutos da etapa final, Xavi Simons pegou rebote de Maignan e e balançou a rede em uma finalização precisa.
Contudo, a arbitragem anulou o gol em razão de um impedimento de Denzel Dumfries, que impediu o goleiro francês de pular na bola.
“A regra 11 é interferir no adversário participando de jogo ativo. Uma das coisas que é importante analisar: o jogador em posição de impedimento, ele está no raio de ação do goleiro? O goleiro poderia tentar chegar nessa bola e esse jogador atrapalha pela proximidade? Por estar entre a bola e o goleiro, dentro das orientações, hoje, que os árbitros recebem, sim, dentro disso a anulação do gol foi correta”, avaliou Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN.
“A regra 11 do impedimento hoje, cabe interpretação? Cabe sim, você tem que fazer análises de interferência, mas dentro das orientações, da proximidade desse jogador, por ele estar entre o goleiro e a bola, bem no raio de ação. Ali, eu vejo o gol como bem anulado”, acrescentou.
‘VAR só sugere revisão se discordar da decisão de campo’
Ruel também procurou explicar o motivo pelo qual o VAR não chamou o árbitro para analisar a jogada no monitor.
“A decisão no campo ocorreu em conjunto entre árbitro e assistente. O assistente tem a certeza da posição de impedimento, mas a posição dele não permite ter a noção da proximidade do goleiro e do jogador. É onde entra o trabalho em equipe, por isso o árbitro vai até o assistente conversar, a posição do árbitro em campo permite ter a noção da proximidade e juntos decidem sobre a anulação do gol por impedimento. O VAR só sugere revisão se discordar da decisão de campo. Como o VAR concordou, houve a manutenção do impedimento, e o árbitro não vai no VAR rever o lance”, encerrou.
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