O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (21) e deu alguns esclarecimentos sobre o clube, que entrou em uma crise nas últimas semanas. Entre as declarações, o mandatário fez questão de dar respaldo ao técnico Fábio Carille, que chegou a ter seu cargo ameaçado.
O treinador teve o emprego por um fio, após engatar quatro derrotas seguidas na Série B. O alívio veio na última quarta-feira (19), quando o Peixe bateu o Goiás por 2 a 0, na Vila Belmiro.
“Para nós é de maneira transparente e firme nas convicções. Antes mesmo da partida já tínhamos definido que faríamos a coletiva independente do resultado. Pressão existe e tem que ser administrada com coerência. Uns gostam, outros não. O futebol é assim. Resultado é importante. Mas temos que ver o desenvolvimento do trabalho e a avaliação por quatro resultados negativos, que é incomum. Não lembro da minha gestão ter quatro resultados negativos. Acontece”, disse Marcelo Teixeira, que prosseguiu.
“Por isso, o presidente não presta? O trabalho de reestruturação não presta? Temos que ver o desempenho do que é apresentado. Se o desempenho puder afetar o objetivo, sim. Mas não é o caso. Estamos com controle, jogando uma série diferente e sabedores que o Santos não se apresentará tão bem, mas precisa ganhar para alcançar o objetivo. Série B não é espetáculo. É jogar bem ou mal e ganhar”.
Marcelo Teixeira admite erro de logística e promete reforços
Aliás, um dos pontos criticados na sequência de derrotas foi a logística feita pela equipe. Afinal, o Peixe realizou quatro partidas longe da Vila Belmiro. Até quando atuou como mandante, contra o Botafogo-SP, esteve longe de São Paulo. A diretoria vendeu o mando de campo para Londrina, algo visto como um erro por Marcelo Teixeira.
“Foi um erro nosso, não da comissão ou atletas. Erro da diretoria. Atingimos os objetivos ao transferir o mando de jogo para Londrina. Das propostas de campanha, na continuidade dos jogos em São Paulo, em outras praças. Queríamos prestigiar os torcedores do Paraná. Uma festa. Menos no aspecto esportivo e técnico. Um erro porque tivemos quatro jogos fora da Vila Belmiro. Mas se escolhêssemos outro jogo, com intervalo diferente, possivelmente estaríamos com três pontos a mais na tabela. Não se ganhou porque a Vila tem aspecto diferente. Por enquanto, jogos confirmados na Vila Belmiro”, disse o presidente.
Além disso, o mandatário afirmou que é preciso dar tempo para o trabalho estar sendo desenvolvido. Contudo, também admitiu que precisa reforçar o plantel para o restante da temporada.
“Dura realidade que o Santos vive, mas necessária. Vamos passar e não viver trocas constantes para justificar um erro. O erro precisa estar sendo corrigido. Se ele não for corrigido, aí sim uma outra medida será tomada. Você tem que dar material suficiente para que o trabalho tenha sequência. Com o bom material humano que temos, com reforços e dispensas que acontecerão, o Santos recomporá o grupo e terá o desempenho necessário na Série B”, completou.
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