A briga pelo topo do Grupo B da edição de 2024 da Copa América promete ser acirrada. Compostas por conjuntos promissores de atletas, México e Equador chegarão à competição como os mais bem cotados a alcançar o mata-mata. O futebol equatoriano vive momento de sucesso no futebol nacional, tanto a nível de clubes quanto na seleção. Nos últimos dois anos, as equipes do país LDU de Quito e Independiente Del Valle foram campeã de três taças internacionais.
O recorte expressivo rendeu o surgimento de jogadores de prestígio, protagonistas da El Tri. Moisés Caicedo, Kendry Páez e Pietro Hincapié, todos revelados pelas equipes, são exemplos. Enquanto isso, o México ostenta atletas consolidados, tanto a nível nacional quanto internacional. Como ponto forte, assim como para Equador, é a boa distribuição de peças em diferentes posições no elenco. Medalhões como Chicharito Hernández e Héctor Herrera foram substituídos. Os novos protagonistas são jovens. O centroavante Santiago Giménez, tem 23 anos. O volante Edson Álvarez, 26.
A Venezuela, embora não ostente a mesma força, tem peças para brigar pela classificação. Apesar disso, larga, a princípio, com desvantagem. Conhecidos do futebol brasileiro, Soteldo, do Grêmio, e Rincón, do Santos, são os nomes da vez.
Terá, em adição, concorrência forte da Jamaica. Outra seleção norte-americana cotada como quarta força do próprio grupo, os 'Reggae Boyz' também não contam com elenco estrelado ou bem distribuído. Porém, chegam com jogadores de origem britânica donos de experiência farta no futebol inglês. A seguir, veja os componentes do Grupo B da Copa América.
México - Novos personagens na novela
A seleção mexicana também passa por certa reconstrução. Chicharito Hernández, Guillermo Ochoa e Raúl Jiménez não estarão presentes. Nos últimos anos, foram jogadores de destaque pela equipe. Apesar disso, a El Tri não ficará na mão. Diversos atletas são responsáveis por dar forma a uma geração promissora. Jogadores como os meias Carlos Rodríguez e Luis Chávez, além dos atacantes Julián Quiñones e Santiago Giménez são os novos nomes da vez. Com o plantel renovado, chegam à Copa América após se sagrarem campeões da Copa Ouro pela 12ª vez em 2023, diante do arquirrival Estados Unidos. O trabalho do treinador Jaime Lozano, há um ano no comando, pode ser um diferencial.
Esquema tático: 4-3-3
Técnico: Jaime Lozano (MEX)
Melhor campanha: Vice-campeão (2x) - 1993 e 2001
Palpite do CB: Pode fazer barulho
Escalação: Gonzalez; Reyes, Álvarez, Vásquez e Arteaga; Chávez, Romo e Rodríguez; Antuna, Gimenez e Quiñones
O cara: Santiago Giménez
Equador - Mantendo a crescente
Muitos desconhecem a evolução expressiva vivida pelo futebol equatoriano no passado recente. Com o crescimento de equipes nacionais, como o Independiente Del Valle e a LDU de Quito, a modalidade no país registrou avanço. Os títulos de Sul-Americana e Recopa conquistados por ambos falam por si só. Como consequência, as exportações constantes de jovens à Europa tomaram forma. Isso teve reflexo, é claro, na seleção e alguns deles já ostentam protagonismo. O destaque é Kendry Paez, meia de 17 anos do Del Valle e já vendido ao Chelsea, clube de outro nome importante na equipe, o volante Moisés Caicedo. Mais uma vez, o atacante Enner Valencia, do Internacional, será o responsável por liderar a equipe.
Esquema tático: 4-2-3-1
Técnico: Félix Sánchez (ESP)
Melhor campanha: Semifinal (2x) - 1959 e 1993
Palpite do CB: Pode fazer barulho
Escalação: Moisés Ramirez; Preciado, Torres, Pacho e Hincapié; Franco, Caicedo, Yeboah, Kendry Páez e Sarmiento; Valencia
O cara: Enner Valencia
Venezuela - Seguir em alta
Para alçar voos altos na edição de 2024 da competição interseleções, a Venezuela buscará se inspirar nas campanhas recentes. Nas últimas quatro edições, a La Vinotinto chegou às quartas de final em duas oportunidades. Para isso, porém, precisará confiar em dias positivos dos principais jogadores do próprio plantel. Por não ter um elenco estrelado ou bem equilibrado, o sucesso passará por eles. Na defesa, o encarregado é o zagueiro Ferraresi, do São Paulo. No meio, o capitão Rincón, do Santos, e Herrera, do Girona, são destaques. No ataque, o baixinho Soteldo, do Grêmio, e o veterano Salomón Rondón serão os responsáveis pelas bolas na rede.
Esquema tático: 3-4-2-1
Técnico: Fernando Batista (ARG)
Melhor campanha: Semifinal (1x) - 2011
Palpite do CB: Briga por mata-mata
Escalação: Romo; Osório, Ángel e Ferraresi; Aramburu, Martínez, Casseres Jr. e Navarro; Machis, Soteldo e Rondon
O cara: Yeferson Soteldo
Jamaica - Com a inspiração inglesa
A Jamaica é outra seleção não pertencente à América do Sul que disputou as eliminatórias para participar da competição. Presentes no torneio pela terceira vez, os Reggae Boyz buscarão a primeira vitória para sonhar com uma inédita classificação ao mata-mata. Para chegar ao objetivo, contará com um fato curioso. Os quatro principais jogadores da equipe são, todos, nascidos na Inglaterra. São os casos de Michail Antonio, Kasey Palmer, Demarai Gray e De Cordova-Reid, todos de clubes do Campeonato Inglês. Este será, justamente, o grande trunfo da trupe do treinador islândes Heimir Hallgrimsson. Principal talento do país, Leon Bailey foi convocado, mas se recusou a participar da Copa América por atrito com a federação.
Esquema tático: 3-4-3
Técnico: Heimir Hallgrimsson (ISL)
Melhor campanha: Fase de grupos (2x) - 2015 e 2016
Palpite do CB: Briga por mata-mata
Escalação: Blake; Bernard, Hector e Latibeaudiere; Lembikisa, Palmer, Lowe e Leigh; Reid, Antonio e Gray
O cara: Michail Antonio
Agenda de jogos
Primeira rodada
Equador x Venezuela - sábado (22/6), às 19h
México x Jamaica - sábado (22/6), às 22h
Segunda rodada
Equador x Jamaica - quarta-feira (26/6), às 19h
Venezuela x México - quarta-feira (26/6), às 22h
Terceira rodada
Jamaica x Venezuela - domingo (30/6), às 21h
México x Equador - domingo (30/6), às 21h
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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