O Grupo A da edição de 2024 da Copa América não promete dar grandes dificuldades à Argentina. A atual campeã do mundo chega para a 45ª participação da própria história no torneio continental com boa parte da base vencedora no Mundial do Catar. Estarão, mais uma vez, sob a liderança de Lionel Messi, próximo de bater recordes expressivos no palco da vez. Além de estar próximo de se tornar no primeiro a disputar sete edições da competição, está a quatro gols de garantir o pódio da artilharia geral do campeonato.
Por dispor de elenco farto, será a favorita, principalmente diante de versões de Peru e Chile que lutam para rejuvenescer os respectivos elencos, enquanto ainda colocam esperanças em algumas das grandes figuras das próprias histórias. Ambos, no entanto, possuem tradição na competição. O Chile é bicampeão. O Peru, dono de uma taça, chegou ao menos nas semifinais nas últimas cinco participações.
Enquanto isso, o Canadá brigará para contrariar aqueles que o colocam como o 'azarão'. Presente na Copa América pela primeira vez na própria história, a seleção canadense é a menos cotada para avançar entre os colegas da chave A.
No entanto, terá à disposição jogadores de destaque notável no futebol europeu, como o lateral esquerdo Alphonso Davies e o atacante Jonathan David. A conjuntura do elenco, no entanto, não é de grande ajuda. A seguir, veja os componentes do Grupo A da Copa América.
Argentina - Naipe de campeão
Em busca do segundo título consecutivo da competição continental, os hermanos chegam à edição de 2024 do torneio em um dos grandes momentos da própria trajetória no retrospecto recente. A atual campeã mundial passa por uma leve reformulação, enquanto ainda mantém a base vencedora. Nomes como Dybala, Ángel e Joaquín Correa estão de fora. Enquanto isso, a permanência da maioria dos presentes da equipe que foi ao Catar se soma às presenças de jovens promessas. Valentín Carboni, destaque do Monza, da Itália, e Alejandro Garnacho, do Manchester United, são novidades. Na liderança, o destaque fica com mais uma participação de Lionel Messi, que jogará o torneio pela sétima vez e é o recordista no número de partidas disputada.
Esquema tático: 4-4-2
Técnico: Lionel Scaloni (ARG)
Melhor campanha: Campeã (15x) - 1921, 1925, 1927, 1929, 1937, 1941, 1945, 1946, 1947, 1955, 1957, 1959-I, 1991, 1993 e 2021
Palpite do CB: Quer a taça!
Escalação: Emi Martínez; Molina, Otamendi, Lisandro Martínez e Acuña; Lo Celso, Enzo Fernández, De Paul e Mac Allister; Lautaro Martínez e Lionel Messi
O cara: Lionel Messi
Chile - Pelos velhos tempos
A seleção chilena passa por uma reformulação expressiva. Alguns dos medalhões que marcaram época com o bicampeonato em 2015 e 2016, como Arturo Vidal, Charles Aránguiz e Gary Medel, já não estarão presentes. Apesar disso, enquanto peças como Alexis Sánchez, Eduardo Vargas e Cláudio Bravo seguem no plantel, outros nomes chegam para dar um toque de juventude na busca pelo terceiro título continental. O lateral esquerdo Gabriel Suazo, de 25 anos; o meia Marcelino Nuñez, de 23; e os atacantes Dario Osório e Brereton Diaz, de 19 e 24 anos, respectivamente, são exemplos. O trabalho ainda recente de Ricardo Gareca, contratado em janeiro passado, porém, pode ser um ponto negativo.
Esquema tático: 4-2-3-1
Técnico: Ricardo Gareca (ARG)
Melhor campanha: Campeão (2x) - 2015 e 2016
Palpite do CB: Briga por mata-mata
Escalação: Bravo; Isla, Catalán, Lichnovsky e Suazo; Nuñez, Pulgar, Davila, Sánchez e Brereton Díaz; Vargas
O cara: Alexis Sánchez
Peru - ‘Guerreros’ bicolores
Ao contrário de outros concorrentes, a seleção peruana colocará as esperanças por uma boa apresentação na edição da vez da competição continental em algumas figuras já carimbadas. O goleiro Pedro Gallese, o lateral esquerdo Luis Advíncula e o atacante Paolo Guerrero estão todos acostumados a vestir a camisa bicolor em torneios de grande porte. O trio já marcou presença em múltiplas Copa América e foi justamente por eles que passaram os bons resultados adquiridos nas campanhas recentes. Nas últimas cinco participações, o país só não alcançou às semis em 2016, enquanto o principal destaque, com exceção dos títulos do século passado, foi o vice diante do Brasil em 2019. Nomes como Lapadula, Carillo, Tapia e Marcos López também são destaques.
Esquema tático: 3-4-1-2
Técnico: Jorge Fossati (URU)
Melhor campanha: Campeão (2x) - 1939 e 1975
Palpite do CB: Briga por mata-mata
Escalação: Gallese; Araujo, Zambrano e Callens; Peña, Cartagena, Tapia e Advíncula; Carrillo, Guerrero e Lapadula
O cara: Paolo Guerrero
Canadá - Novatos querem impressionar
A seleção canadense participará da Copa América pela primeira vez. Em 47 edições do torneio, jamais havia marcado presença. É importante destacar, que disputou eliminatórias para poder dar as caras, ao invés de entrar como convidada. Apesar disso, é a equipe azarã do grupo. Para se dar bem em uma chave de dificuldade alta para os próprios padrões, precisará contar com as estrelas disponíveis no elenco. Capitão, o jovem lateral esquerdo Alphonso Davies, do Bayern de Munique, é a estrela do plantel. Enquanto isso, o braço direito é o atacante Jonathan David, autor de 19 gols em 34 jogos no Campeonato Francês. Ele terminou a competição como vice-artilheiro, atrás apenas de Mbappe.
Esquema tático: 4-4-2
Técnico: Jesse Marsch (EUA)
Melhor campanha: 1ª participação
Palpite do CB: Briga por mata-mata
Escalação: St.Clair; Johnston, Bombito, Cornelius e Davies; Buchanan, Kone, Eustáquio e Millar; David e Larín
O cara: Alphonso Davies
Agenda de jogos
Primeira rodada
Argentina x Canadá - quinta-feira (20/6), às 21h
Peru x Chile - sexta-feira (21/6), às 21h
Segunda rodada
Peru x Canadá - terça-feira (25/6), às 19h
Chile x Argentina - terça-feira (25/6), às 22h
Terceira rodada
Argentina x Peru - sábado (29/6), às 21h
Canadá x Chile - sábado (29/6), às 21h
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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