O atacante francês Kylian Mbappé usou um momento da coletiva de imprensa no domingo (16/6), na véspera da estreia da França na Eurocopa, para se posicionar contra o avanço da extrema direita no país e para pedir que os jovens votem nas eleições que vão ocorrer em 30 de junho.
Segundo o craque, esse é um momento crucial na história da França e que os jovens do país, como cidadãos, não devem estar desligados do mundo. "Quero me dirigir a todos os franceses e, em particular, à geração jovem. Vemos que os extremos estão às portas do poder. Temos a possibilidade de mudar tudo", disse.
A França vive um momento de tensão política desde que o Parlamento foi dissolvido pelo presidente Emmanuel Macron e foram convocadas novas eleições legislativas. Em dois turnos, as eleições estão marcadas para 30 de junho e 7 de julho.
Mbappé seguiu o posicionamento do companheiro Marcus Thuram, que no sábado (15) também falou sobre as eleições e fez críticas nominais ao partido de extrema direita chamado Reagrupamento Nacional (RN), liderado pela líder populista Marine Le Pen. "Penso que a situação é triste e muito grave. Temos que dizer a todos para irem votar e que lutem diariamente para evitar uma vitória do RN".
Repercussão na França
Depois das falas do jogador, várias esferas da política francesa reagiram aos comentários de Mbappé sobre as eleições.
"Kylian Mbappé falou ontem de forma absolutamente exemplar, com as suas palavras. Queria dirigir-se à juventude em um momento completamente inédito e decisivo para o futuro", disse a Ministra de Esportes, Amélie Oudéa-Castéra.
Mbappé também foi apoiado pelo ex-jogador francês Thierry Henry, atual treinador da seleção olímpica da França: "Há algo importante, que é criar uma barreira aos extremos indo votar. Portanto, votem!", afirmou.
Já o vice-presidente do RN, Sébastien Chenu, falou à rádio France Inter que não espera que "pessoas desconectadas da realidade deem lições aos franceses" e pediu moderação ao jogador.
Outro dirigente ultradireitista, Laurent Jacobelli, declarou que ele e seu partido não se sentiam "preocupados" pela palavra 'extremo'" e, em vez disso, acusaram a aliança de Macron e a oposição de esquerda de "dividir" os franceses.
Com informações da Agence France-Presse
Saiba Mais
-
Flipar Saiba congelar alimentos e ganhe tempo no dia a dia
-
Mundo Vídeos curtos são a principal fonte de informação dos jovens, alerta estudo
-
Esportes Vasco tem concorrência de Fluminense e Botafogo por Coutinho; entenda
-
Esportes São Paulo aumenta expectativa pelo retorno de Thiago Mendes
-
Diversão e Arte Lucas Lima avalia julgamentos após fim do casamento com Sandy: "Não me conhecem"
-
Economia Mercado aumenta projeção para inflação e taxa Selic no fim do ano