O pontapé inicial da Eurocopa 2024, na Alemanha, coloca uma série de holofotes na chave C do principal torneio de seleções do velho continente. O principal motivo é a presença da Inglaterra, uma das favoritas, mas cercada dos dilemas que envolvem o selecionado inglês há décadas: finalmente chegou a hora de voltar a vencer? Antes de sonhar com o título, os comandados do questionado Gareth Southgate terão a companhia de Eslovênia, Dinamarca e Sérvia em uma chave discrepante.
Se o futebol não “veio para casa”, como era o slogan na final de Wembley na Euro 2020, a Inglaterra mal pode esperar para ir buscar na Alemanha. Em seca de títulos desde a Copa do Mundo de 1966, os ingleses carregam o favoritismo não apenas no grupo, mas na competição, e precisam lidar com a pressão para encerrar o jejum. A chance de ser campeão ainda pode influenciar o futuro de Jude Bellingham como possível Bola de Ouro, um dos concorrentes de Vinícius Jr pelo prêmio individual.
Os principais adversários de Harry Kane e companhia na primeira fase são Sérvia e Dinamarca. Adversárias na possibilidade de uma vaga ao lado da Inglaterra, a dupla não convenceu nas eliminatórias, apesar da conquista tranquila da vaga, então também precisam mostrar serviço no grande palco.
Quem completa o quarteto é a Eslovênia, participando apenas pela segunda vez na história. Com pouca moral entre as equipes, o time do goleiro Jan Oblak, do Atlético de Madrid, é daqueles que proporciona boas histórias como surpresa, mas não nega o papel de azarão.
Confira em mais detalhes, a seguir, as principais informações sobre a chave C da Eurocopa.
Eslovênia - Tudo tem uma segunda vez
Patinho feio da chave, a Eslovênia mesmo assim sorri de orelha a orelha por estar no principal palco do futebol europeu pela segunda vez na história. Ao todo será a quarta vez do país em um torneio de destaque, considerando as duas participações em Copa, mas sem jamais ter saído da fase de grupos.
Terceira pior ranqueada na Fifa entre as seleções da Euro 2024, a esperança em ir além e chegar nas oitavas tem responsáveis em lados distintos do campo: o goleiro Jan Oblak e o atacante Benjamim Sesko. Um dos melhores do mundo na posição, o paredão do Atlético de Madrid é a referência técnica do plantel e peça fundamental na defesa armada pelo técnico Matjaz Kek. Na frente, o jovem artilheiro do RB Leipzig é quem os companheiros vão procurar na tentativa por aquela uma bola para achar o resultado.
Esquema tático: 4-4-2
Técnico: Matjaz Kek
Melhor campanha: fase de grupos (1) - 2000
Odd do CB: Azarão do grupo
Escalação: Oblak; Karnicnik, Blazic, Bijol e Janza; Stojanovic, Elsnik, Gnezda Cerin, Mlakar; Sporar e eko.
O cara: Oblak
Dinamarca - Vieram para ficar?
Do sonho ao pesadelo, e agora a procura por qual é a realidade. É assim que chega a Dinamarca para a Euro 2024. Sensação da última edição do torneio do velho continente, quando chegou na semifinal, a seleção partiu para a Copa do Catar com moral, mas foi eliminada ainda na fase de grupos. Depois, o primeiro lugar nas eliminatórias do torneio europeu veio com percalços, incluindo derrotas e sufocos contra adversários muito inferiores. Então fica o questionamento, qual será a equipe vista na Alemanha?
Em período de entressafra, o selecionado nacional vê a passagem da tocha das mãos do veterano meia Christian Eriksen para o jovem atacante Rasmus Højlund, companheiros de Manchester United. Por outro lado, o ídolo camisa 10, bem como o longevo Højbjerg passaram a maior parte da temporada como reserva nos clubes, enquanto os zagueiros Kjær e Christensen sofreram com lesões. Ou seja, missão para o técnico Kasper Hjulmand encontrar o time certo para voltar a encantar.
Esquema tático: 3-5-2
Técnico: Kasper Hjulmand
Melhor campanha: campeão (1) - 1992
Odd do CB: Pode surpreender/Briga pelo mata-mata
Escalação: Schmeichel; Andersen, Kjær e Christensen; Mæhle, Eriksen, Højbjerg, Delaney e Kristiansen; Wind e Højlund.
O cara: Højlund
Sérvia - Para colocar o nome em jogo
A edição de 2024 marca a estreia da Sérvia em Eurocopas. Ao menos sob este nome. O país tem dois vice-campeonatos, mas ainda nos tempos em que era parte da Iugoslávia. Quem sabe agora, no entanto, a pressão seja menor.
A seleção sérvia chegou no último Mundial com pompa após uma vitória nas eliminatórias sobre Portugal, em Lisboa, para mandar Cristiano Ronaldo à repescagem. De lá para cá, campanha de apenas 1 ponto no Catar, desempenho aquém do esperado na classificatória da Euro e os principais jogadores migrando para ligas menores, como o meia Sergej Milinkovic-Savic (não confundir com o irmão Vanja, goleiro) e o atacante Mitrovic, parceiros de Neymar no Al-Hilal. A expectativa pequena talvez crie desconfiança em um time frágil defensivamente e que aposta no faro de gol dos homens de frente para compensar os sofridos, mas pode ser justamente o que os comandados do ídolo do país Dragan Stojkovic precisam.
Esquema tático: 3-5-2
Técnico: Dragan Stojkovic
Melhor campanha: vice-campeão (2) - 1960 e 1968 (como Iugoslávia)
Odd do CB: Pode surpreender/Briga pelo mata-mata
Escalação: V. Milinkovic-Savic; Milenkovic, Veljkovic e Pavlovic; Zivkovic, Gudelj, Lukic e Kostic; S. Milinkovic-Savic e Tadic; Mitrovic.
O cara: Mitrovic
Inglaterra - Chega de jejum
O vice-campeonato em casa na última Euro fez aumentar a pressão por títulos para a Inglaterra. Sem levantar um troféu desde 1966, quando foi campeã da Copa do Mundo, a seleção inglesa chega na Alemanha rodeada de expectativa, porém ter apenas uma vitória nos últimos cinco jogos fez ligar o alerta no torcedor. Se depender dos craques, superar a desconfiança não será problema. O criticado técnico Southgate está com a corda no pescoço, porém terá à disposição o artilheiro Harry Kane, sedento por um título, e o apoio das jovens estrelas Jude Bellingham, Phil Foden, Bukayo Saka, Declan Rice e Cole Palmer, todos em grande fase após a temporada de clubes.
Apesar do talento estar presente aos montes na equipe, as lacunas não deixam de aparecer. Com Luke Shaw machucado, Trippier deve ser improvisado na lateral esquerda, mas a maior interrogação em campo é quem será o parceiro de zaga de Stones, já que o treinador (finalmente) seguiu a vida sem Harry Maguire e sequer convocou o jogador. Fora das quatro linhas, no entanto, o questionamento é o mesmo do último meio século: a Inglaterra consegue sair do quase?
Esquema tático: 4-2-3-1
Técnico: Gareth Southgate
Melhor campanha: vice-campeão (1) - 2020
Odd do CB: Quer a taça!
Escalação: Pickford; Walker, Stones, Guehi e Trippier; Gallagher e Rice; Saka, Bellingham e Foden; Kane.
O cara: Harry Kane
Agenda de partidas:
Primeira rodada
Eslovênia x Dinamarca, domingo (16/6), às 13h
Sérvia x Inglaterra, domingo (16/6), às 16h
Segunda rodada
Eslovênia x Sérvia, quinta-feira (20/6), às 10h
Dinamarca x Inglaterra, quinta-feira (20/6), às 13h
Terceira rodada
Dinamarca x Sérvia, terça-feira (25/6), às 16h
Inglaterra x Eslovênia, terça-feira (25/6), às 16h
Saiba Mais
-
Política Pacheco sobre PL do aborto: "Jamais iria direto ao Plenário do Senado"
-
Esportes Renato Gaúcho pede compreensão no Grêmio e aplaude atuação contra o Flamengo
-
Esportes Tite cita equilibro e pede preservação no calendário do futebol brasileiro
-
Esportes Luis Zubeldía questiona gol anulado de Calleri
-
Jogada 10 Atuações do Vasco contra o Palmeiras: cruzmaltino escapa de nova goleada no Brasileirão
-
Esportes Bahia bate Fortaleza e mantém perseguição ao líder Flamengo