O presidente Pedrinho comentou a saída do CEO Lúcio Barbosa e da CFO Kátia dos Santos da SAF do Vasco nesta terça-feira. Após participar de audiência pública sobre a reforma de São Januário, o dirigente não escondeu a insatisfação com a dupla de demissionários.
“Obviamente a gente já está em busca disso. Não tinha o nome de forma antecipada. Depois que foram comunicadas as saídas do Lúcio e da Kátia, a gente obviamente começa a procurar. E temos (em análise) nomes para ocupar o lugar. Que fique claro que foi uma decisão pessoal. Me incomoda porque para estar no Vasco tem que querer estar no Vasco, que isso fique bem claro. Na minha gestão só vai estar no Vasco quem quer estar no Vasco, quem quer viver o Vasco na sua essência. A sua essência é sentir a dor e a alegria do Vasco, entender o que é o Vasco”, destacou.
“Isso pra mim é o mais importante. Quando a atmosfera aqui embaixo flui, as coisas em cima acontecem de uma forma melhor. A gente tá acostumado a falar “a bola entra, não entra”. Às vezes, aqui embaixo as coisas não estão da forma que a gente quer. Foi uma decisão dele, estranhamente logo depois do que aconteceu ontem no Conselho Deliberativo, mas respeito. Agora, o Vasco continua. Nunca parou por ninguém. O Vasco anda pra frente sempre”, disse Pedrinho.
Questionado se as saídas de Kátia e Lúcio se deram por divergências pessoais, Pedrinho negou veementemente.
“Foi um processo do Conselho Deliberativo comandado pelo presidente João Riche com a análise da questão contratual da 777. Só me causou estranheza. Não, senão ele já tinha saído por uma demissão e não por uma renúncia”, concluiu Pedrinho.
Relação desgastada
Na última semana, Felipe e o diretor executivo Pedro Martins começaram a trabalhar juntos e se reportam diretamente a Pedrinho. Dessa forma, o ídolo cruz-maltino auxilia o mandatário no dia a dia da SAF, sobretudo na relação com o elenco. A declaração demonstrou a perda de poder do CEO, que antes era manda-chuva da época em que a 777 Partners estava à frente do futebol.
Além disso, a entrevista coletiva de Lúcio Barbosa no fim do ano passado repercutiu de forma negativa na atual gestão. A relação dele com Pedrinho já estava desgastada desde antes da decisão judicial. Na ocasião, o presidente evitava falar abertamente, entretanto nitidamente estava incomodado por não ser reportado pelo CEO sobre o que acontecia no futebol do clube.
A relação estava desgastada, afinal, os pares de Pedrinho avaliavam negativamente o trabalho do chefe executivo e eram a favor de uma mudança. Outro ponto foi que o presidente encontrou os cofres da SAF vazios, conforme revelou recentemente.
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