Clubes do futebol brasileiro procuraram o senador Carlos Portinho (PL-RJ) para externar uma preocupação com as últimas declarações do chefe de arbitragem da CBF, Wilson Seneme. Na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, na última quinta-feira (6), no Senado Federal, o ex-árbitro admitiu: a equipe que opera o VAR pode omitir imagens ao árbitro, no momento de revisão de uma jogada. A informação é da revista “Veja”, na coluna “Radar”.
Seneme sustenta que, segundo o protocolo da Fifa, o VAR não é obrigado a mostrar ao árbitro de campo todas os ângulos disponíveis da imagem.
Em um destes casos, lembrado, nesta semana, pelo sócio majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, a omissão de imagens indica, então, que Adryelson tocou primeiro na bola, antes de cometer a falta. Assim, o zagueiro alvinegro seria expulso após revisão. Com menos um, o Glorioso sofreria a virada pelo Palmeiras por 4 a 3, no Nilton Santos, pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro. O jogo, aliás, é um divisor de águas para os paulistas ultrapassarem os cariocas e levarem o título da competição.
Para Portinho, diante deste quadro, o Ministério Público já tem motivos para abrir uma investigação naquela partida entre Botafogo e Palmeiras.
“É lógico que a regra manda o VAR enviar os melhores ângulos para o árbitro em campo. Mas não significa que o VAR possa suprimir os melhores ângulos. Os clubes deveriam se unir e exigir protocolos mais rígidos. É coisa muito séria, que justifica justifica uma investigação pelo Ministério Público. É a materialidade dos indícios que (John) Textor levou à CPI”, ressalta o senador fluminense do Partido Liberal.
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