A primeira vitória da Seleção Brasileira em uma competição oficial na era Dorival Júnior teve assinatura de um candidato a melhor do mundo nesta temporada. Não fosse Vinicius Junior, dificilmente a Amarelinha teria furado a blitz do Paraguai e vencido por 4 x 1 no Allegiant Stadium, em Las Vegas, nos Estados Unidos, pela segunda rodada do Grupo D da Copa América.
O camisa 7 marcou dois dos três gols e foi a principal arma ofensiva da equipe na partida. Outro destaque também ficou por conta de Lucas Paquetá, garçom para Vini Junior, e autor do quarto. O meia do West Ham poderia ter comemorado outro, mas desperdiçou pênalti no primeiro tempo.
A Seleção Brasileira abusou das jogadas pelas pontas e demorou a enxergar o caminho pelo meio. Quando mudou a estratégia, encontrou espaços e foi eficiente para construir a vitória no primeiro tempo. Na etapa final, assustou-se com o golaço do zagueiro Alderet e as chegadas fáceis dos adversários, mas se manteve estável para segurar o resultado.
Atuações
Alisson — Nota: 7,0
Fez defesas providenciais. No primeiro tempo, teve poder de reação para defender chute perigoso desviado na zaga. Na etapa final, esticou-se para bloquear, de mão trocada, chute colocado e venenoso do meia Enciso.
Danilo — Nota: 6,5
Capitão e jogador mais experiente do elenco, o lateral-direito não comprometeu e contribuiu para as transições entre a defesa e meio de campo. Cortou três bolas, fez um desarme e obteve 79% de aproveitamento nos passes, com 42 certos de 53.
Éder Militão — Nota: 6,6
Foi o zagueiro mais acionado na equipe no duelo. Cortou três bolas, bloqueou duas finalizações e aplicou três desarmes. Tomou um drible. Também se envolveu em confusão antes do fim do primeiro tempo e tomou cartão amarelo. Soube sair bem com a bola ao contribuir com 45 passos certos de 54.
Marquinhos — Nota: 6,5
Defensivamente, não foi tão requisitado. Assim como no primeiro jogo contra a Costa Rica, teve boa chegada em bola parada e quase inaugurou o placar em Las Vegas. A maior contribuição foi a qualidade dos passes, com 94% de aproveitamento (64/68).
Wendell — Nota: 6,4
Responsável por emular Guilherme Arana na lateral-esquerda, cortou quatro bolas, fez um desarme e deu um passe decisivo para criação da jogada de um dos gols.
Bruno Guimarães — Nota: 7,0
Teve boa atuação. Embora tenha perdido 10 bolas e propiciado algumas chegadas paraguaias, sofreu falta, finalizou de fora da área três vezes, uma delas acertando a trave, e foi ativo na construção dos gols pelo faixa central.
João Gomes — Nota: 6,5
Outro pilar à frente da zaga, teve atuação dentro do esperado, mas poderia ter sido mais eficiente defensivamente para conter as investidas adversárias. Não interceptou nenhuma bola.
Savinho — Nota: 7,5
Principal novidade na escalação, o atacante surpreendeu ao causar alvoroço no setor direito da defesa paraguaia. Acertou todos os passes (18), finalizou uma vez na direção do gol, acertou dois de seis dribles e marcou o segundo da Seleção.
Lucas Paquetá — Nota: 7,9
Embora tenha desperdiçado o pênalti que poderia ter aberto o placar em Las Vegas, foi o segundo grande nome da partida. Participou ativamente dos gols, especialmente do segundo, com assistência de primeira para infiltração de Vinicius Junior.
Vinicius Junior — Nota: 8,5
Protagonista da noite em Las Vegas, marcou pela primeira vez dois gols em uma partida pela Seleção Brasileira. Deu dois passes decisivos para a construção das bolas na rede. Abusou das jogadas individuais e acertou sete e 17 dribles.
Rodrygo — Nota: 6,3
Falso centroavante no esquema 4-2-3-1 de Dorival Júnior, o camisa 10 arrematou duas vezes na direção do gol, mas não acertou nenhum drible. Perdeu 14 bola e obteve 79% de aproveitamento nos passes (15/19). Contribuiu com as movimentações para a entrada de Vini Jr. na área.
Dorival Júnior (técnico) — Nota: 7,5
Questionado por manter Endrick no banco de reservas e bancar Savinho, salvou-se com a boa atuação do ponta-direita e com o desempenho seguro de Wendell.
Reservas
Raphinha — Nota: 6,3
Entrou no lugar de Savinho aos 26 minutos do segundo tempo. Atuou pela ponta-direita e tentou manter o padrão do titular da posição na partida. Acertou um drible e manteve a defesa paraguaia ligada após quase marcar o quinto em lance que a bola foi desviada.
Douglas Luiz — Nota: 6,0
Substituiu Bruno Guimarães aos 26 minutos da etapa final. Quando entrou, a situação estava controlada e contribuiu com toques de bola e marcação eficiente. Foi ativo no lance da expulsão do volante paraguaio Cubas.
Endrick — Sem nota
Entrou a 10 minutos do fim da partida e teve pouco tempo para contribuir ofensivamente como se espera.
Andreas Pereira — Sem nota
Responsável por assumir a função de articulador no lugar de Lucas Paquetá, também não teve oportunidade para se destacar e atualizar o marcador.
Gabriel Magalhães — Sem nota
Único jogador de linha convocado que ainda não havia jogado, teve pouco tempo de ação.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br