O ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, participou do podcast “Resenha do Zona”, do canal “Zona Mista”, na última terça-feira (25). O antigo dirigente deu declarações polêmicas e confessou que teve atitudes irregulares. A repercussão foi tamanha que a produção do programa optou por retirá-lo do ar.
Segundo Paulo, uma de de suas decisões ilegais foi fraudar o exame antidoping de um ex-jogador do Rubro-Negro baiano. Na ocasião, o presidente deu a sua urina ao ex-atacante Matuzalém, que na época era um jovem recém-promovido das categorias de base. Depois, teve longa trajetória no futebol italiano.
O cartola tinha preocupação que Matuzalém recebesse punição por consumir maconha. Assim, sugeriu que o ex-jogador utilizasse a sua urina para evitar uma sanção. A propósito, admitiu que já agrediu um outro ex-atleta.
“O porteiro de um estabelecimento me ligou falando que Preto (Casagrande), Allan Dellon e Matuzalém entraram de madrugada lá, pularam o muro e bateram no cara. O primeiro que achei na portaria foi Preto, dei logo um murro no peito dele. Aí eu subi as escadas atrás de Matuzalém, que o cínico era ele. Vagabundo. Eu já troquei até urina para salvar o doping dele, que ele era maconheiro”, detalhou Carneiro.
Em seguida a afirmação, o mandatário solicitou que a sua fala fosse cortada. Ao saber que o podcast era ao vivo, ele tampou o microfone e pediu que a transmissão fosse encerrada.
Suborno enquanto presidente do Vitória
Aliás, em outro momento do programa, Paulo ainda admitiu que subornou um desembargador. O objetivo era o favorecimento em uma ação judicial contra a CBF e a Globo. Assim, com as impactantes declarações, a produção preferiu terminar a entrevista e finalizou a transmissão.
“Aí nós fizemos o campeonato que a gente ganhou até do Fluminense, de seis, em 2003. Eu entrei com uma ação contra a CBF e a Globo. Peguei um advogado no Rio, Pedro Paulo Magalhães, bom para car**. E eu comprei um desembargador no Rio”, confessou.
Paulo Carneiro atuou como presidente do Vitória entre 1991 e 2000. Posteriormente, conquistou o segundo mandato em 2019, mas o Conselho Administrativo do clube decidiu o afastar do cargo. Isso porque avaliou que havia indícios de graves riscos em sua administração.
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