786 dias e três títulos depois, acabou a novela de amor entre Fluminense e Fernando Diniz. Anunciado em 20 de abril de 2022, o treinador de 50 anos não resistiu à lanterna do Brasileirão e encerrou sua passagem no clube após reunião nesta segunda-feira (24).
Relembre agora, então, como foi este segundo período de Diniz pelo Flu, que atingiu seu ápice no histórico dia 4 de novembro de 2023, quando o Tricolor conquistou a Libertadores pela primeira vez.
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O retorno de Diniz
Fernando Diniz retornou ao Fluminense em abril de 2022, pouco antes de completar três anos desde que fora demitido do clube em sua primeira passagem, em 2019. O treinador jamais escondeu o carinho e o desejo de retornar ao clube após o fracasso inicial.
Ele passou depois, então, por São Paulo, Santos e Vasco antes de voltar ao Flu. Ele chegou logo após a conquista do título carioca de 2022, contra o Flamengo, em jogo que marcou a despedida de Abel Braga como treinador de futebol.
Na temporada em questão, terminou em terceiro no Brasileirão, classificando a equipe novamente para a Copa Libertadores (antes de sua chegada, o time havia caído na terceira fase preliminar da competição). Germán Cano e Jhon Arias despontavam como potenciais craques daquela equipe, que começava a pavimentar o caminho para um título histórico.
2023: ano de conquistas no Fluminense
Em 2023, nova decisão de Campeonato Carioca contra o Flamengo. Duas grandes atuações e o primeiro troféu de Diniz na carreira. Além disso, o time jogava por música, dando sequência à uma forte união entre os jogadores e a torcida.
A sintonia seguia na Libertadores, onde o time conseguia avançar fase a fase. Nem o revés na Copa do Brasil para o Flamengo, nas oitavas de final, diminuiu o ímpeto tricolor. Foi nesta época que Diniz assumiu como interino da Seleção Brasileira. Na semifinal da Libertadores, o Flu “soube sofrer” e conseguiu voltar do Beira-Rio com uma classificação épica diante do Internacional.
Com o Palmeiras eliminado para o Boca Jrs, além do fator “casa” na grande final, o Flu chegava para a decisão como favorito contra o time argentino. Não à toa, o Maracanã foi palco de uma festa espetacular e viu o Fluminense conquistar a Glória Eterna pela primeira vez, em grande vitória por 2 a 1 sobre o tradicional time Hermano.
A equipe voou para a Arábia Saudita em alta para disputar o Mundial de Clubes. Passou na semifinal diante do Al-Ahly (EGI) e encontraria um desfalcado Manchester City na decisão – Kevin de Bruyne, Haaland e Doku, por exemplo, não jogaram. A força da equipe de Pep Guardiola, porém, se sobressaiu, com uma goleada por 4 a 0 em Riade.
2024: o começo da queda
A disputa no Mundial fez com que o Fluminense mudasse os planos para a temporada 2024, já que os jogadores ganharam férias e só voltaram quando a imensa maioria dos adversários já faziam pré-temporada. Lesões se acumularam, poucos reforços chegaram e o zagueiro e capitão Nino foi jogar no Zenit (RUS). No começo do ano, Diniz deixou a Seleção Brasileira.
O Tricolor até começou bem o Carioca, utilizando jogadores da base, em sua maioria. Mas os seguidos tropeços nos clássicos estaduais começavam a irritar o torcedor. O título da Recopa Sul-Americana, encerrando um incômodo tabu diante da LDU (EQU), deu sobrevida a Fernando Diniz.
A eliminação para o Flamengo na semifinal não foi bem recebida, já que o Flu recebeu fortes críticas por não conseguir chutar na direção do gol rival. O que antes era uma qualidade (força ofensiva) passou a ser um grande problema.
No Brasileirão, as características negativas do time passaram a ficar mais evidentes, com o goleiro Fábio errando muitos passes na saída de bola e gerando gols dos adversários. Na frente, o jejum de Germán Cano começou a fazer efeito negativo, já que o time tem o sétimo pior ataque da competição. E, após quatro derrotas seguidas, sendo a última para o arquirrival Flamengo, no domingo (23), Diniz não resistiu.
O Tricolor agora terá o auxiliar Marcão no comando técnico da equipe.
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