Nesta sexta-feira (21), o único jogo que dá sequência a disputa da Copa América é Peru x Chile. O duelo acontece às 21h (de Brasília), no AT&T Stadium, e vale pelo mesmo grupo onde estão Argentina e Canadá.
Além de significar a estreia das seleções em questão, o contexto histórico faz com que o chamado Clássico do Pacífico tenha um caráter de rivalidade que ultrapassa o esporte. Cenário esse, aliás, que começou a ser construído ainda no final do século XIX.
Guerra do Pacífico
Durante quatro anos (entre 1879 e 1883), o Chile teve um enfrentamento militar com as forças conjuntas de Bolívia e Peru. O objetivo era anexar a região do Deserto do Atacama que ganhou potencial econômico diante das descobertas de riquezas naturais como guano e salitre, por exemplo. Assim, a situação escalou da questão diplomática para os confrontos que ficaram conhecidos como a Guerra do Pacífico onde os chilenos saíram vitoriosos.
Com isso, o relacionamento político entre chilenos e peruanos ganhou um forte contorno de rivalidade que se reforçou no século XX. Principalmente, pela semelhança de gestão com intuito bélico e nacionalista do período ditatorial que as duas nações viveram. Entre 1968 e 1980, Juan Velasco Alvarado e Francisco Morales Bermúdez foram as figuras autoritárias na adminstração do Peru enquanto, entre 1973 e 1990, o controle do Chile esteve com Augusto Pinochet.
Diante de tais elementos, o futebol não passou ileso a tais questões. Ao longo da história, Peru x Chile sempre registrou confrontos de caráter tenso ao longo dos 84 jogos disputados. Nesse sentido, o retrospecto aponta 46 triunfos do Chile, 14 resultados de igualdade e 24 triunfos dos peruanos.
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