Após o treino do Fluminense na última sexta-feira (7), o técnico Fernando Diniz convidou o atacante John Kennedy para almoçar em uma churrascaria na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Assim, o papo durou três horas e girou em torno de temas como a vida pessoal do atacante e suas pretensões de vida e carreira. A informação é do portal “ge”
Dessa forma, não houve “puxão de orelha” durante a conversa, mas sim entender o momento do atleta. Vale lembrar que o convite não é inédito na carreira do treinador. Por outro lado, os almoços não costumam ser longos como aconteceu com o atacante, que treinou com o elenco no CT Carlos Castilho pela manhã naquele dia.
Jovem a ser lapidado
O treinador sempre demonstrou que enxerga em John Kennedy muito talento e tenta ajudá-lo. Em abril, o Tricolor chegou a afastar o jogador ao lado de Arthur, Kauã Elias e Alexsander por caso de indisciplina. O atacante, porém, demorou a ser reintegrado por se atrasar e faltar a um treino.
“O John Kennedy para nós e para mim, em especial, é um motivo de alegria o retorno dele. É mais uma oportunidade que a vida dá pra ele e dá pra gente também, que é nessa relação que ele está se construindo. E é muito difícil também ser o John Kennedy, porque atrás do John Kennedy tem uma história difícil e diferente, que talvez vocês não tenham acesso”, disse.
“Para isso, precisa conhecer o John Kennedy e conversar com ele. Acho que eu já conversei com o John Kennedy mais de 50 vezes. E a gente sempre quer, de fato, estender a mão e tentar ajudar. É uma relação que tem também muitas mãos ajudando. E o que a gente tenta fazer e o trabalho, de fato, meu pilar central, é na condição humana dos jogadores”, completou.
“É uma pessoa que joga futebol, não é uma máquina que joga. E eles trazem dos seus lares… A maioria deles tem uma fragilidade emocional muito grande. Às vezes uma aparente fortaleza, mas quando você se depara com o jogador e vai buscar um pouco mais a sua intimidade, você vê que ali tem um vazio que precisa ser sempre enchido. Eu sempre falo isso: o futebol brasileiro é muito carente em relação a essa tensão que a gente tem que ter. O problema é muito mais psicossocial do que tático, técnico e físico, e a gente tem um olhar muito distorcido para isso”, concluiu.
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