Após a decisão da justiça que retirou o comando do futebol do Vasco da 777 Partners, o clube está bem próximo de viver dias de uma guerra judicial. Afinal, logo após a ruptura que entregou o poder à parte associativa com o presidente Pedrinho, as duas frentes se preparam para mover ações. Isso irá ocorrer tanto no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro quanto na mediação de arbitragem, que ficará a cargo da Fundação Getúlio Vargas. A informação é do portal “ge”.
No momento, a empresa norte-americana pretende recorrer, algo que deve acontecer entre quarta e quinta-feira. Com um agravo interno da decisão em segunda instância na Vara Empresarial do TJRJ. Diante desta queda de braço, a não concessão de efeito suspensivo da liminar preocupou a 777, visto que não teve tempo para preparar contra-argumentos para rebater o corpo jurídico do Vasco.
A 777 Partners, portanto, defendia que estava em dia com suas obrigações com a SAF vascaína. Além disso, ela alfinetava Pedrinho, presidente do Vasco, a quem chamou de “garoto mimado” que tomou a decisão por ter “desejos contrariados” nos assuntos da SAF.
Por outro lado, a principal alegação do grupo do mandatário é de que a ação se tornou imperiosa pelo derretimento da 777 Partners pelo mundo. A atual gestão também alegou a falta de ouvidos na briga pela licitação do Maracanã, assim como a ausência de avisos como o da escolha da contratação e depois da demissão do ex-diretor de futebol Alexandre Mattos.
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Briga judicial
Até o dia 14 de junho, os advogados do Vasco, da diretoria de Pedrinho, vão requerer a arbitragem à FGV, visto que a liminar tem validade de 30 dias para o julgamento. Nesse sentido, cada lado irá nomear um árbitro e, em seguida, indicam em consenso um terceiro árbitro para o procedimento decisório.
Dessa forma, os dois processos correm em paralelo. Os juízes da mediação da FGV podem manter os efeitos da decisão rever o caso e devolver o controle da SAF vascaína para a 777. Ainda não há uma prazo estabelecido para a resolução, porém geralmente é acima de três meses.
O grupo norte-americano tem interesse de vender “o pacote” de clubes, não apenas o Vasco, como condição de negócio. Por outro lado, a gestão de Pedrinho tem um canal de troca de informações com outros clubes insatisfeitos com a 777. Apesar dessa configuração, há uma análise de que os investidores aguardam a resolução para entender a situação da SAF vascaína.
Em meio à briga, o mandatário anunciou mudanças no futebol, ainda mais após a goleada histórica para o Flamengo. A primeiro delas foi a chegada de Felipe, ídolo do clube, como diretor técnico a aproximação com Pedro Martins. Por fim, o CEO Lúcio Barbosa, diretor geral da Vasco SAF está mais distante do futebol.
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