Talento da modalidade, a paratleta de tênis Thalita Rodrigues abriu uma arrecadação coletiva online para juntar o dinheiro necessário e ir representar o Brasil no Mundial de Para-Standing Tennis, em Turim, na Itália. A meta da brasiliense de 29 anos é de angariar R$ 6 mil, voltados para a compra da passagem aérea. A disputa acontece entre 20 e 23 de junho.
“Essa é uma grande oportunidade para mim, que me ajudará a ganhar experiência e me destacar ainda mais no mundo do tênis. Qualquer contribuição será de grande ajuda para mim”, pede a jogadora.
Nascida sem o antebraço esquerdo, Thalita começou no tênis aos 8 anos de idade e competia contra atletas sem deficiência. No entanto, começou a disputar no Para-Standing Tennis, que é apoiado oficialmente pela Federação Internacional de Tênis (ITF) desde 2024. A categoria é dedicada para deficientes físicos que atuam em pé, pois a modalidade paralímpica era restrita aos cadeirantes. As regras são idênticas às do tênis convencional, com separação entre as classes PST1, PST2, PST3 e PST4, de acordo com a condição de cada um.
Assim como o foco da brasiliense é brilhar no Mundial de Turim, ela não esquece de outro objetivo: popularizar a modalidade e lutar para que se torne uma categoria oficial das federações. “Esse esporte mudou minha vida, é um caminho que toda criança ou PCD tem o direito de percorrer. Acreditando nisso, hoje faço parte da organização da categoria mundial e para mim virou um sonho de vida promover e fazer com que a modalidade cresça no Brasil e no mundo", compartilha Thalita.
"Estou lutando com todas as forças para que essa categoria vire esporte paralímpico e que as pessoas entendam que tênis é um esporte para todos. Pessoas sem um braço ou até sem os dois, ou com paralisia cerebral e diversas deficiências, conseguem praticar o esporte, inclusive as que se locomovem no dia a dia com prótese nas pernas, podem jogar de prótese ao invés de ir para uma cadeira de rodas para praticar a modalidade”, acrescenta.
Atual número 1 do mundo no Para-Standing feminino, ela terminou em segundo no Oceania Championship, em Melbourne, na Austrália, e atua em partidas de exibição de Grand Slams. O sonho, no entanto, é entrar em ação pela Associação de Tênis Feminino (WTA) e também criar um instituto para receber tenistas de todas as idades, deficientes ou não.
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