O Flamengo venceu o Millonarios por 3 a 0, o que era uma obrigação. Mas não mostrou um grande futebol, apesar da pobreza técnica do adversário, que entrou recheado de reservas e sem chance sequer de Sul-Americana. Pior: não obteve a primeira colocação do Grupo E, que coube ao Bolivar. Ou seja, os cariocas vão disputar as partidas de volta – se passar pelas oitavas – fora de casa. Comparados orçamentos, estruturas e elencos com o clube de La Paz, o da Gávea ficou mal na foto. Pelo menos teve vergonha na cara para passar à próxima fase, entre 14 e 21 de agosto. Mas deixa, no entanto, um futuro negro, como o traje de Tite, ontem de preto da cabeça aos pés. A vitória não mudou o cenário, que só mudará com a demissão do treinador.
Sim, a exigência é total. Nos dias de hoje, diante das circunstâncias, isso fica cada vez maior. O Flamengo tem que jogar bem, ganhar as partidas e ser campeão. Não há outra opção.
Flamengo vence nos erros do rival
O Flamengo fez uma etapa inicial ao estilo Tite: excesso de bolas para os lados, pouca objetividade e marcou os dois primeiros gols graças ao adversário. Aos sete minutos, Giraldo atrasou curto, Montero vacilou e Pedro apanhou a sobra. Depois, aos 25, Gérson levantou na área e Vargas cobriu o goleiro com um toque de cabeça. Aos 34, na única jogada dos colombianos, David Silva desperdiçou oportunidade incrível. Ou seja, bastou um lance ofensivo para ameaçar o Rubro-Negro. Aos 44, enfim, Viña, que acabara de substituir Ayrton Lucas, fez o que os apoiadores não conseguem, lançando bola reta para Pedro bater à esquerda: 3 a 0.
Na etapa final, com o visitante prosseguindo a viagem de turismo, o Flamengo pressionou, sem sucesso, até começarem as mudanças – de ambos os técnicos. Daí em diante, o tempo foi se arrastando, sem que fosse possível convencer. Traduzindo, sem sinalizar o que poderá ocorrer diante de rivais de bom ou ótimo nível. Enfim, para encerrar, a expulsão correta de Bruno Henrique, mal entrou em campo, e a frustração gerada pelo placar modesto e o futebol sem graça, digo de todas as preocupações.
A propósito: o que é Allan?
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