Madson

Ex-Santos admite excessos: ‘Fazia baguncinhas’

Jogador atuou no Santos em 2010

A vida de jogador de futebol pode acarretar em muitos excessos se o atleta não saber dosar tudo de forma equilibrada. Isso porque as más escolhas podem trazer má reputação. Foi o que aconteceu com um jogador com passagens marcantes por Vasco, Santos e Fortaleza e que admitiu que “baguncinhas” atrapalharam sua longevidade na profissão.

– Eu exagerava (risos), passava do ponto. Às vezes chegava no treino virado. Isso vai manchando a carreira. Era novo, aguentava, jogava… Tinha tempo para caramba de descanso. Mas mesmo assim as pessoas estão vendo e na primeira oportunidade que tiverem para te desvincular, vão desvincular. Foi o que aconteceu comigo. Não é que me arrependo,s mas eu mudaria. Mudaria e com certeza eu acho que teria prolongado a minha carreira – avaliou, em entrevista ao ‘ge’.

 

O jogador se trata de Madson, que jogou no Santos de Neymar em 2010. O meia precisou abandonar a carreira em 2020, aos 34 anos, durante a pandemia da Covid-19. Hoje, ele diz que seu sonho seria concluir a carreira no Santos, mas sabe que o desejo seria inviável.

–  Em 2010 eu concretizo com um time sensacional, com dois títulos, incluindo um inédito para o clube. E ver o Neymar subindo… De um ano para o outro, ele dá uma desenvolvida técnica e fisicamente, absurda. Ele mudou fisionomia, mudou corpo, mudou tudo. Foi uma evolução muito rápida e você ver tudo aquilo ali foi fantástico. Graças a Deus eu pude participar desse elenco vitorioso do Santos em 2010 e que encantou o Brasil. Isso fez, também, com que o torcedor santista hoje tenha esse carinho e esse afeto por mim aqui na cidade – comentou.

Baguncinhas e excessos extracampo

Madson acredita que muita da má fama que acumulou era das “baguncinhas” e as idas aos treinos virado. Ele diz que não se arrepende, mas hoje mudaria algumas ações para conseguir esticar a carreira. Atualmente ele trabalha com eventos e é dono de uma barbearia em Santos.

– Não me arrependo de nada do que fiz. Deixei isso bem claro. As noitinhas, as baguncinhas, baladinhas. Não me arrependo de nada. Mas, talvez, faria diferente. Até porque o mundo de hoje está bem difícil de fazer o que fazíamos em 2008, 2009. Está bem complicado. Mas não faria com tanta intensidade tudo que fiz lá atrás. Eu mudaria isso hoje. Tenho absoluta certeza que meu extracampo naquela época me atrapalhou de não ser campeão paulista novamente, não ser campeão da Libertadores – admite.

– Se eu fizesse as baguncinhas, mas que o negócio não tomasse tanta proporção como tomava… gerou uma insatisfação na entidade Santos. Não só jogadores. Diretoria, treinador, comissão técnica, enfim… acaba gerando essa insatisfação. Não dá para manter esse cara aqui, não. Eu era bom de grupo, me dava bem com todo mundo, tratava todo mundo bem. Do porteiro ao presidente. Questão pessoal, não tive problema com ninguém. O problema foi eu mesmo. Eu fazia as bagunças e isso, hoje com certeza, eu mudaria. Certamente, eu estaria jogando até hoje. Se não tivesse as noitadas, as coisas que fazia, talvez, estaria jogando, estaria empregado – finaliza.

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