Filha do treinador do Grêmio Renato Gaúcho, Carol Portaluppi quebrou o silêncio sobre doenças que a acompanham a maior parte da vida. A influenciadora de 30 anos falou que começou a ter distúrbios alimentares na adolescência.
“Eu já tive problema de comer e vomitar. Já tive em vários períodos na minha vida, era uma coisa que volta e meia eu tinha. Quando me sentia muito mal, ficava um mês fazendo isso. De um tempo para cá, estou conseguindo manter um equilíbrio.”, disse.
Além disso, Carol relembrou que os problemas começaram aos 15 anos quando um dono de um estúdio fotográfico renomado a achou “cheinha”.
“Aquilo ficou muito marcado em mim. Não conhecia nada. Meu rosto, de fato, é redondo. Tenho muita bochecha. Genética. Minha família tem. Só que, quando ele falou aquilo de uma forma pejorativa, mexeu muito comigo. Dali em diante, fiquei nesse problema alimentar”, relembra.
Carol ainda relembrou que não chegou a ser diagnosticada com bulimia ou anorexia, doenças que a distúrbios alimentares, mas que ela chegou a provocar vômitos para tentar emagrecer, característica marcante nessas doenaças.
“Fazia. É uma situação triste. Recorri aquilo. Comia, me sentia muito mal, desesperada, chorava, e aí eu partia para isso. Quando me sentia muito mal, ficava um mês fazendo. Então, falava: ‘Não posso, tenho que parar, não vou me deixar levar. Não vou viver desse jeito. Nem é vida’. Não quero que isso seja parte da minha vida, não quero ficar doente desse jeito”, relembra.
FILHA DE RENATO GAÚCHO FALA DE EPILEPSIA
Carol relembrou que por volta dos 22 anos começou a ter “apagões”, como ela define desmaios. Logo depois ela descobriu que sofria de epilepsia, doença em que há perturbação da atividade das células nervosas no cérebro, causando convulsões. Elas podem ser genéticas ou adquiridas por algum trauma.
“Falei: ‘Eu posso morrer?’. E muita gente deve achar que pode morrer. De fato, se você bater a cabeça, você pode. Mas não pela crise. Fui a um neurologista, comecei a me tratar com remédios que vou tomar a minha vida toda. Pensei em falar porque acho que muita gente se identifica e que eu poderia ajudar de alguma forma. Não é uma coisa assustadora”, diz.
“Não é nada demais se você se tratar. Se você tiver um acompanhamento médico, se tomar o seu remédio, não vai ter convulsão. Coisas que você pode ou não pode fazer, coisas que podem ser um gatilho para ter uma (crise)”, completou.