A sensação de poder pode levar muitos jogadores a ruína como é o caso de Robinho, que completa dois meses de prisão, nesta terça-feira (21). O ex-atacante compartilha uma cela de 8m² com outro condenado, na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Vale relembrar que o astro do futebol cumpre sentença de nove anos de prisão por estupro coletivo que recebeu da Justiça italiana.
Desde que Robinho ingressou na “cadeia dos famosos” sua vida mudou. Tanto que no atual cenário o ex-jogador passou a fazer parte de um clube de leitura. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o grupo influencia a movimentação de 500 empréstimos de livros mensalmente.
Além disso, o ex-atleta se inscreveu para concorrer a uma vaga na Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel (Funap). A instituição disponibiliza cursos e oficinas para detentos do estado de São Paulo. Assim como ingressou em curso profissionalizante de Eletrônica Básica, Rádio e TV, do Instituto Universal Brasileiro (IUB). As aulas, aliás, podem ser feitas de maneira remota, com um kit de apostila.
Tal prática lhe permite assumir uma nova profissão no futuro. Afinal, possibilita entrar no mercado de eletrônica e consertos de rádio. Outro possível cenário positivo é que estes novos hábitos podem lhe dar a chance de reduzir a sua pena de nove anos de prisão.
Cadeia não afastou Robinho do futebol
Isso porque segundo a Lei de Execuções Penais, a cada 12 horas que o condenado completa de frequência escolar ou de trabalho, pode se reduzir um dia na penitenciária. Por sinal, Robinho também faz atividades físicas em Tremembé, entre elas jogar futebol. Aliás, outros prisioneiros o ajudaram a conseguir uma chuteira.
Relembre a condenação
A Justiça italiana condenou Robinho a nove anos de prisão por estuprar uma mulher albanesa em uma boate em Milão, junto a outros cinco homens. Tal infração ocorreu em 2013, quando o jogador era um dos destaques do Milan. No entanto, a confirmação da punição veio após quatro anos. Após julgamento da mais alta corte na Itália, qualquer possibilidade de recurso do ex-atacante foi extinta.
Apesar da sentença que recebeu no país europeu, Robinho levava vida comum no Brasil. Ele, aliás, vivia em Santos, no litoral de São Paulo, e esteve presente em um churrasco do elenco do Alvinegro Praiano, no final de fevereiro. Diversos jogadores que integram o grupo do Peixe tietaram a revelação e ex-astro da equipe.
A Itália tentou pedir que o Brasil enviasse Robinho ao país para que ele cumprisse a pena na Europa. Contudo, a Constituição nacional não permite a extradição de brasileiros natos. Assim, o governo italiano solicitou que a sentença dada no país fosse homologada e cumprida no Brasil. Posteriormente, em votação, o STJ concordou que Robinho cumpra a pena de nove anos de prisão que recebeu na Itália, no dia 20 de março. Por sinal, a sanção, à princípio, deve ser exercida em regime fechado.
Siga o Jogada10 nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook