Muito emocionado, Luiz Penido, locutor da Super Rádio Tupi, compareceu ao velório de Washington Rodrigues, o Apolinho, e desabafou em entrevista aos jornalistas presentes na sede do Flamengo, na Gávea, horas após protagonizar uma cena comovente ao vivo durante jogo do Flamengo.
Durante a partida, o ídolo e amigo morria em um hospital na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O jornalista destacou que ainda não acredita que o amigo morreu e que vai seguir tratando da pessoa dele no presente.
“Ele é tão especial, digo é, embora ele esteja ali deitado no caixão eu me recuso a acreditar. Não quero assumir a ideia de que ele morreu porque para mim ele é imortal. Para mim ele era ‘imorrível’, mas somos todos mortais”, disse.
‘APOLINHO MORREU ME OUVINDO’
Penido destacou a emoção de saber que o comunicador ouvia o jogo do Flamengo narrado por ele na Super Rádio Tupi. A filha de Apolinho deu entrevista dizendo que o pai morreu, mas chegou a ouvir o terceiro gol do Flamengo no primeiro tempo.
“Ele deixa um legado tão extraordinário, foi meu super amigo do início da minha carreira até o último dia. Ele morreu me ouvindo, em um jogo em que o Flamengo venceu. Uma vitória para ele partir, deixando um legado, uma marca na imprensa, na televisão, no rádio. Por onde ele passou, ele brilhou”, destacou.
O locutor esportivo também destacou o lado flamenguista de Washington Rodrigues. Segundo ele, o jornalista sempre teve esse amor assumido, mas foi exemplo de respeito e profissionalismo com os outros clubes.
“No Flamengo, ele deixa uma marca de um torcedor como nunca ouvi igual. Ele era de um flamenguismo absoluto, que me ensinou ser ao mesmo tempo todos os outros clubes, pelo respeito, dignidade, moral, ética, pelos valores que ele tinha e transmitia. O Apolinho é tudo, só não é ‘imorrível’, porque imortal ele é. O que ele fez não vai ser apagado nem pelo tempo”, afirmou.