Tragédia no Sul

Inter e Grêmio esperam diminuição do nível da água para verificar os prejuízos

Estádios Beira-Rio, do Inter, e Arena do Grêmio completamente inundados pela água

 

Internacional e Grêmio vão aguardar a diminuição do nível da água em Porto Alegre para analisar os prejuízos que sofreram. Principalmente em suas estruturas dos CTs Parque Gigante e Luiz Carvalho, respectivamente. Assim como em seus estádios, o Beira-Rio e a Arena, que foram inundados pelas enchentes. Por tal situação, ambas as equipes ainda não têm prazo para retornar às atividades e o futebol deixa de ser prioridade momentaneamente.

No caso do Imortal, mesmo sem condições de acesso, a primeira informação sobre o centro de treinamento Luiz Carvalho é que a água não alcançou o nível de estrutura do prédio. Assim, não haveria danos aos equipamentos da academia e do departamento médico. Com isso, os campos devem ser o maior problema para o clube, pois deve ser necessário um tempo considerável para recuperar as condições ideais para uso. Com relação ao estádio, a possibilidade de ter o aval para funcionamento entre os próximos 30 dias é bem pequena. Tal previsão foi confirmada pelo próprio presidente do Tricolor Gaúcho, Alberto Guerra.

“Não tem como pensar em futebol num espaço curto, 15, 20 dias. Depois vamos ver as condições dos estádios, não acredito que na Arena e Beira-Rio vamos conseguir mandar jogos em menos de um mês”, detalhou o mandatário.

Lado vermelho de Porto Alegre

A situação do Internacional é semelhante, pois tanto centro de treinamento como o Beira-Rio foram completamente tomados pela água. Inicialmente, o Colorado colocou como prazo para retorno aos treinos a última quinta-feira (02). Porém, já prolongou a volta para a próxima segunda e com nova possibilidade de adiamento.

O presidente do Inter, Alessandro Barcellos, descartou qualquer chance de avaliar os prejuízos para o clube neste momento, ainda pelo nível de água elevado. Além disso, ele apontou que o lado humano é a prioridade.

“O mais importante agora é o patrimônio da vida, tirar as pessoas dessa situação. São consequências que serão levantadas depois, do ponto de vista material. O complexo Beira-Rio, nosso CT, estruturas todas tomadas por água, uma situação que ainda não nos permitiu fazer esse levantamento”, esclareceu o cartola do Inter.

Futebol vira plano B para Inter e Grêmio

Nesta situação de catástrofe, o futebol ficou em segundo plano. Assim, a prioridade passa a ser contribuir e influenciar à ajuda das vítimas, muitas delas funcionárias e torcedores, além da sociedade no geral. Com isso, os integrantes dos elencos de ambas as equipes participam de resgates em áreas alagadas. Bem como na contribuição de doações e distribuições de comida.

Alguns exemplos são o goleiro Rochet e o volante Thiago Maia, do Internacional, além do arqueiro Caíque e do centroavante Diego Costa, do Grêmio.

Internamente em ambos os clubes, o discurso é de adotar cautela para tomar decisões a respeito dos próximos passos. Especialmente pela gravidade, impacto e complexidade da catástrofe no Rio Grande do Sul. A avaliação dos estragos em suas estruturas será possível apenas quando o volume de água baixar. Assim como a população tiver condições de iniciar uma reorganização.

Vale relembrar que os compromissos nacionais dos clubes gaúchos, tanto como mandante e visitante, foram adiados até o dia 27 de maio. Já a nível continental, a Conmebol adiou o duelo do Internacional com o Delfín, do Equador, pela Sul-Americana, que ocorreria no dia 16. Aliás, o Tricolor Gaúcho passou por situação semelhante, mas em seu embate com o Estudiantes pela Libertadores, marcado para o dia 15.

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