O futebol deixou de ser prioritário para os clubes gaúchos durante o período das enchentes que assolam o estado. Inclusive, a CBF adiou seus compromissos no torneio até o dia 27 de maio. Assim, o foco passa a ser contribuir com ajuda para as vítimas, muitas funcionárias e torcedores.
O Juventude seria o único time gaúcho da Primeira Divisão que possui condições de realizar atividades. Contudo, o presidente Fábio Pizzamiglo foi contundente ao afirmar que não é o momento ideal para se fazer uma pressão a volta dos jogos. E demonstrou solidariedade aos seus conterrâneos da capital.
Afinal, os elencos do Colorado e do Imortal não tem a possibilidade de treinar, pois os centros de treinamento Parque do Gigante e Luiz Carvalho foram inundados. Por sinal, seus estádios passam pela mesma situação, a Arena do Grêmio e o Beira-Rio. Uma alternativa para o Inter seria utilizar as estruturas das suas categorias de base. Contudo, o Tricolor Gaúcho não teria o mesmo privilégio.
Jogadores demonstram solidariedade
A dupla Gre-Nal está sem treinar desde a última semana. A propósito, alguns jogadores do Grêmio deixara, suas casas na região de Eldorado. Por outro lado, atletas do Internacional relataram à diretoria que estão seguros em suas residências. Vale ressaltar que os integrantes dos elencos de ambas as equipes participam de resgates em áreas alagadas. Assim como na contribuição de doações e distribuições de comida.
Enquanto não há previsão de retorno aos treinamentos, eles realizam as atividades de forma remota com monitoramento das comissões técnicas. Inicialmente, o Colorado colocou como prazo para retorno aos treinos a última quinta-feira (02). Porém, já prolongou a volta para a próxima segunda. Já o Imortal anunciou a suspensão no último sábado, quando decidiu treinar na PUCRS, e sequer divulgou uma possível data de retomada.
Bom senso
O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, classificou o momento no Rio Grande do Sul como uma resistência.
“A única coisa que pensamos é sobreviver, ajudar o próximo, ter água. Coisas básicas. Não tem como pensar em futebol, em treinar. Sei que foi com carinho, vários clubes ofereceram, mas não é o momento. Agora é salvar o próximo. É o que gostaríamos de passar em rede nacional. Ainda que não passe 10% do que está acontecendo aqui. E não é crítica, é difícil entender, mas para mostrar que não tem como pensar em futebol”, detalhou o mandatário.
Pelo lado do Internacional, o presidente Alessandro Barcellos foi o responsável por buscar contato com a Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Principalmente para conseguir apoio e tentar convencer a CBF da falta de condições de eventos esportivos no estado. A nível continental, a Conmebol adiou o duelo do Internacional com o Delfín, do Equador, pela Sul-Americana, que ocorreria no dia 16. Aliás, o Tricolor Gaúcho passou por situação semelhante, mas em seu embate com o Estudiantes pela Libertadores, marcado para o dia 15.
Internamente em ambos os clubes, o discurso é de adotar cautela para tomar decisões a respeito dos próximos passos. Especialmente pela gravidade, impacto e complexidade da catástrofe no Rio Grande do Sul. Desta forma, as definições ocorrem a cada dia.
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