Uma complexa combinação de fenômenos climáticos, nuvens carregadas de umidade, frentes frias, ventos persistentes, vapor dos mares e chuvas torrenciais provocaram o dilúvio imposto ao Flamengo em Coquimbo, no Chile. A derrota de 1 a 0 para o Palestino aproxima o Rubro-Negro do adeus à Libertadores. Cá entre nós, como destacava o Barão de Itararé, há algo no ar além dos aviões de carreira. Ou seja, parece que não está havendo um entendimento entre elenco e CT. Não é possível que o time possa jogar tão mal, dispersivo, atrapalhado, um futebol extremamente abaixo da média suportável e do orçamento milionário da Gávea.
Não há futuro com Tite
Como dito neste espaço, e faz algum tempo, não há futuro com Tite, O treinador e a sua CT, filho, neto e por aí vai, mais as muitas ausências provocadas pela maldita Copa América, e a insensibilidade dos cartolas, levarão o clube a uma situação trágica, a provável eliminação precoce na Libertadores, e pior, a briga dramática contra a queda para a Série B do Brasileiro. Há, nesse campeonato, jogo contra o Corinthians, no Maracanã, no próximo fim de semana.
Confira as atuações do Flamengo na visão do J10
Explicamos aqui sábado passado. “O Palestino que perdeu dia 10 de abril no Maracanã – apenas 2 a 0, pois era na ocasião de impressionante fragilidade – progrediu sob a direção do argentino Vitamina Sanchez, e só sofreu uma derrota em seis partidas. É hoje uma equipe motivada, venceu o colombiano Millonarios por 3 a 1 e voltou a brigar por vaga na Libertadores, o que poderá confirmar diante do Flamengo, que ficará em situação desesperadora, caso volte a apanhar, o que é hoje efetivamente previsível. A queda de Tite ainda não será na próxima terça, pois há trâmites, digamos, burocráticos, no processo, mas encaminhará o bye bye do gênio para antes da Copa América”.
Palestino 1×0 Flamengo
Flamengo e Palestino fizeram um primeiro tempo da pior qualidade, com muitos passes errados, chutões para os lados e para frente, equívocos de posicionamento e ausência completa de estratégia e organização. Como se não bastasse o baixo nível, os árbitros só conferem o VAR quando a situação desfavorável ao clube carioca. O protagonista até o intervalo foi Éverton Cebolinha, que criou as duas oportunidades de gol. Na primeira, entregou a bola para Ariel Martinez acertar o canto esquerdo de Rossi, que conseguiu defender. Na segunda, chutou de fora da área e César Rigamonti, a exemplo do colega argentino, praticou ótima defesa.
Já na etapa derradeira, o Flamengo passou a ter maior volume de jogo, e criou, aos trancos e barrancos, pelo menos duas chances, embora a confusão continuasse, além da exposição aos contra-ataques. De La Cruz, por exemplo, estava mais perdido que turistas nos túneis escuros de Copacabana. A euforia acabou rápido. Aos 18 minutos, a zaga rebateu e Cornejo, que acabara de entrar, bateu de longe, no ângulo esquerdo: 1 a 0. O desencontro aumentou. O valente Wesley – mestre nisso – agrediu o adversário, e por sorte, ficou só no amarelo. Depois foi embora. E surgiu, do nada, ele, Luiz Araújo. Quando você depende de Luiz Araújo é que a coisa caminha para o fim. Como ocorreu.
A propósito, ao contrário do que aconteceu em diversas ocasiões anteriores, em relação aos treinadores, é recomendável demitir o cara – Tite – agora, logo de uma vez, antes de fazê-lo quando não existir mais chance alguma de ganhar nada. Outro detalhe: se a turma que manda no clube não tomar a providência, corre agora o risco de perder as eleições, no fim de 2024. Afinal, somente títulos no futebol salvam a continuidade.
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