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Tite sob pressão do caldeirão rubro-negro

Tite atravessa o seu pior momento pelo Flamengo

A turbulência chegou com tudo ao trabalho de Tite no Flamengo. Afinal, apesar do título carioca, com ótima campanha (e não falo aqui em desempenho), as recentes derrotas para Bolívar, na Libertadores, e Botafogo, no Brasileiro, afloraram a insatisfação da torcida rubro-negra. E a massa do bolo solou com a péssima atuação do time na vitória por 1 a 0 sobre o Amazonas pela Copa do Brasil, no Maracanã.

A derrota na altitude de La Paz fez o Bolívar abrir cinco pontos de vantagem sobre o próprio Flamengo na liderança do grupo. No entanto, era um time recheado de reservas e a situação foi atenuada, não absorvida. No clássico com o Alvinegro, com mando de campo e os titulares, a equipe da casa perdeu por 2 a 0 e não acertou o alvo uma vez sequer. A insatisfação cresceu e Tite já sentiu a orelha arder.

No duelo com o Amazonas, também diante da torcida, que esperava uma vitória com facilidade, o Rubro-Negro abriu o placar e, a partir de então, apresentou um futebol previsível e preguiçoso. Aí a paciência da galera foi pro espaço e os xingamentos ao treinador ressoaram pesados pelo estádio ao fim da partida.

Máquina de moer técnicos. Tite sobrevive?

Tite tem experiência e capacidade de sobra para lidar com as adversidades. Além disso, o elenco, sem dúvida, é o mais poderoso do continente, mesmo sem viver uma grande fase. O Brasileiro é muito longo e dá totais condições de recuperação. O problema é que paciência e torcedor são palavras que não se combinam na mesma frase. E a Libertadores exige pressa.

O Flamengo é uma potência extraordinária como clube, mas também uma voraz máquina de moer técnicos. E, para isso, não faltam exemplos. A pressão das arquibancadas sempre fala alto aos ouvidos dos dirigentes, que não hesitam em abandonar suas convicções aos primeiros tropeços. Quando essa insatisfação da torcida começa a ecoar no estádio, definitivamente, não é um bom sinal…

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