Libertadores

Defesa do Botafogo supera desconfiança e vira o jogo com a torcida

Bastos e Halter causavam calafrios na espinha do torcedor. Nos últimos jogos, mandaram muito bem

Nos últimos quatro jogos, em dois, o Botafogo sofreu gols no fim. Qualquer torcedor alvinegro ficaria em pânico se não soubesse o contexto destas partidas. Antes de tudo, calma! A rede balançou somente quando o Glorioso já havia consolidado as vitórias: 5 a 1 sobre o Juventude e 3 a 1 sobre o Universitario (PER), ambas no Estádio Nilton Santos. São cochiladas que, comparadas à proporção mastodôntica de 2023, não doeram nada. Aliás, houve, sim, um pequeno mal-estar entre os simpatizantes do Mais Tradicional. Nada além de tímidos queixumes. Nesta quinta-feira (2), no Colosso do Subúrbio, a cozinha será colocada à prova, contra o Vitória, pelo jogo de ida da terceira fase desta edição da Copa do Brasil.

Outro receio da galera alvinegra era quando Halter e Bastos se perfilavam, juntos, na entrada do time titular em campo. Afinal, com a companhia de Gatito, Ponte, Marçal e Hugo, o Botafogo chegou à terceira maior média de gols sofridos entre os participantes desta Série A do Brasileirão. Mais um motivo forte para o torcedor visitar o cardiologista de plantão.

No entanto, com o técnico Artur Jorge, o cenário mudou. Os números e o desempenho são bem diferentes. O treinador acumula quatro vitórias consecutivas. Neste recorte de ascensão da Estrela Solitária, a defesa sofreu apenas dois gols, nas partidas já mencionadas. Em duas, portanto, a cozinha passou incólume e, sobretudo, livre das críticas. 1 a o sobre o Atlético-GO, no Engenho de Dentro, e 2 a 0 sobre o Flamengo, no Maracanã. Tudo com um treinador que forma as suas equipe a partir do ataque.

Palanca-Negra lidera a zaga do Botafogo

Sobreviver ao clássico contra o maior rival, fora de casa, elevou o moral dos execrados. Principalmente nos casos de Bastos e Halter. O primeiro, ex-Lazio (ITA), passou a performar de terno linho, depois de amargar a reserva com Bruno Lage, Lucio Flavio e Tiago Nunes. Antenado com as últimas tendências da moda, o Palanca-Negra desfilou toda a sua elegância e transformou os gramados em passarela. Halter, por sua vez, não tem o mesmo aprumo, porém, mostrou-se seguro quando exigido. E ainda tem Barboza, que, com a cabeça no lugar, entregou alguns predicados.

Além da dupla, na lateral esquerda, Hugo não comprometeu tanto, e, na direita, Ponte e Suárez deram conta do recado. Com este rendimento da zaga, os goleiros Gatito e John tiveram pouco trabalho e não se destacaram tanto. Artur Jorge, então, desvela alguns segredos de como ajustou o sistema defensivo.

“É trabalho, é empenho dos atletas. Contra o Flamengo, nós tivemos um primeiro tempo que foi mais equilibrado, mas não demos chances ao adversário. Eles tiveram mais a bola, mas sem grande trabalho para nosso goleiro. Buscamos equilíbrio de empenho e desempenho. Se tivermos de resultado, melhor ainda. É o que nos leva ao sucesso”, ponderou o treinador bracarense.

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