O Manchester City cumpriu as expectativas e conquistou o tetracampeonato inglês ao bater o West Ham por 3 a 1, no Etihad, na última rodada da Premier League. A equipe de Pep Guardiola chegou a levar um susto com o golaço de bicicleta de Kudus, mas não teve problemas para garantir mais um caneco para sua coleção. O grande nome da partida foi Foden, que anotou dois gols (o primeiro uma pintura de fora da área), e Rodri, o maestro do elenco. Foi a primeira vez que um time conquista quatro vezes a competição na história. Um recorde!
A campanha do City foi consistente desde o princípio, porém contou com dois adversários pesados. O Liverpool perdeu força na reta final da temporada e o Arsenal se manteve na briga até o fim. Contudo, os comandados de Guardiola mostraram eficiência e força para derrubar os obstáculos a cada rodada. Foden, Rodri e o artilheiro Haaland, que terminou com 27 gols, foram os maiores destaques de um time que preza pelo conjunto e tática implementados com maestria por Guardiola. Sem contar o garçom De Bruyne, que passou metade do tempo lesionado, mas voltou e se consagrou como o segundo maior assistente da história da Premier League, atrás apenas do lendário Ryan Giggs, ex-United.
O City terminou a Premier League com 91 pontos, contra 89 do Arsenal. Liverpool (82) e Aston Villa (68) fecham o grupo que disputarão a próxima Liga dos Campeões. Já o West Ham termina o torneio com 52, em nono.
Festa da torcida durante todo o jogo
A torcida do City fez sua festa particular desde antes de a bola rolar em um lotado Etihad. Não havia espaço nem para respirar diante da iminente conquista inédita do tetracampeonato da Premier League. E, claro, tinha que espantar qualquer chance de a zebra passear por Manchester. Um empate poderia ser fatal, diante da possibilidade do Arsenal ganhar o seu jogo diante do Everton. E o fantasma passou longe da cidade do Noroeste da Inglaterra. Com muita imposição e futebol de qualidade refinada, o West Ham não viu a cor da bola.
Desde o início do jogo, só deu City. Marcação pressão, toques rápidos e envolventes: os hammers foram sendo empurrados para sua grande área. Porém, os torcedores não tiveram nem tempo de ficarem preocupados com um possível tropeço. Logo com minuto de jogo, Foden recebeu na entrada da área de Bernardo Silva, limpou a marcação e chutou no ângulo, sem chance para Areola. Golaço ao estilo do camisa 47, eleito o melhor jogador da Premier League. Com toda justiça. Vale destacar que foi o sexto gol de fora da área do craque da competição, a maior marca da história dos Citizens em uma única campanha.
O West Ham seguia sem conseguir trocar passes. Passou do meio de campo somente com nove minutos. E o City seguia massacrando e empilhando chances. Doku parou em Areola. No entanto, aos 17, o arqueiro nada pôde fazer. O atacante belga fez boa jogada pela esquerda e tocou para o meio da área. Foden apareceu livre e fez o segundo, tocando com categoria. Foi o 19º gol dele na Premier League. Haaland poderia ter ampliado em seguida, faz furou ao tentar mandar de voleio na pequena área. O gigante norueguês perdeu outro aos 30.
Tentando sair da pressão desenfreada do City, o West Ham passou a rondar a área adversária. Kudus fez boa jogada e parou em Ortega (que substituiu o lesionado Ederson, com fratura no rosto), na primeira finalização aos 37. O ganês dava certo trabalho à defesa anfitriã, quando, após cobrança de escanteio, ajeitou a bola para o alto e lançou uma bicicleta incrível, um golaço, para desespero de Pep Guardiola, que ficou revoltado no banco de reservas. O lance fez os Hammers entrarem no jogo, o que parecia completamente improvável diante do domínio do time azul.
Pressão do City na segunda etapa
O gol do West Ham acendeu o sinal de alerta no City, que voltou ligado no segundo tempo. Se tinha dificuldade para criar chances mais claras de gol, ao menos mantinha a posse de bola perto da área adversária. Na roda, os Hammers nada podiam fazer. E o terceiro saiu com outro pilar da equipe de Pep Guardiola: Rodri. Após troca incessantes de passes, Bernardo Silva rolou para o espanhol na entrada da área. Decisivo como de costume, arrematou com precisão. Aréola ainda tocou na bola, que morreu no fundo da redes.
Artilheiro da Premier League, Haaland estava incansável no comando do ataque, movimentando-se a todo instante. Queria coroar sua grande temporada com um gol. Tentou, teve chance no segundo tempo, mas a bola teimou em não entrar. No entanto, nada que atrapalhasse a busca pelo título e sua liderança no topo de goleadores. O West Ham chegou a diminuir com Soucek, que nem comemorou por saber que seria anulado. Afinal, com a mão não vale.
O apito final do árbitro fez o estádio vir abaixo. Jogadores, comissão técnica e torcedores, que invadiram o gramado, em êxtase. Pela quarta vez consecutiva e a décima na história, Manchester ficou pintada de azul, nas cores do City, que amplia sua hegemonia na Premier League.
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