Provável futuro treinador do Vasco após a saída de Ramón Díaz, o português Álvaro Pacheco será o segundo estrangeiro consecutivo a comandar a equipe carioca. E apenas o terceiro desde a longínqua temporada 1961.
Abel Picabéa, argentino, comandou o Vasco entre o fim de 1960 e o começo do ano seguinte. Desde então, apenas três não-brasileiros viraram treinadores do time carioca.
O português Ricardo Sá Pinto foi quem puxou a fila. Depois foi a vez de Ramón Díaz, o primeiro argentino desde o próprio Picabéa. Agora é a vez de Álvaro Pacheco, muito perto de fechar contrato. Relembre, então, como foram as passagens dos dois últimos treinadores estrangeiros do Vasco.
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Ricardo Sá Pinto
A passagem do português foi um fracasso em São Januário. No estilo “general”, Sá Pinto chegou num clube em véspera de (turbulentas) eleições, em crise e com salários atrasados. Ele chegou em outubro de 2020 após a demissão de Ramón Menezes, pegando o Vasco na 13ª colocação do Campeonato Brasileiro e vivo na Copa Sul-Americana.
Perdeu na estreia em São Januário para o Corinthians, por 2 a 1, mas conquistou sua primeira vitória logo no jogo seguinte, também na casa vascaína, contra o Caracas (VEN), pela segunda fase da Sula – 1 a 0.
Depois de vencer o Sport, fora de casa, por 2 a 0, porém, o Vasco entrou numa péssima fase, ficando sete partidas sem vencer. Empatou três seguidas, perdeu mais três, e empatou outra. Uma dessas derrotas, então, custou a eliminação na Sul-Americana para o Defensa y Justicia (ARG), que viria a ser campeão.
Depois de vitória contra o Santos, não resistiu à derrota para o Athletico por 3 a 0, na Arena da Baixada (hoje, Ligga Arena), pela 28ª rodada do Brasileirão, encerrando, assim, sua passagem pelo clube. Deixou o time na 16ª posição, com um ponto a mais que o Bahia, time que abria o Z-4 à época. Vanderlei Luxemburgo chegou, mas não evitou, porém, o quarto rebaixamento do Vasco. Sá Pinto teve aproveitamento de 33,3%, com três vitórias, seis empates e seis derrotas em 15 jogos.
Ramón Díaz
Quase três anos depois da saída de Sá Pinto e oito treinadores depois, o Vasco voltou a ter um estrangeiro no cargo. Coube a Ramón Díaz, argentino, tentar tirar o clube da zona de rebaixamento no Brasileirão de 2023.
Encontrou o Cruz-Maltino na vice-lanterna com apenas nove pontos em 14 jogos disputados e conseguiu uma das maiores reviravoltas da história dos pontos corridos. Nas 24 partidas que ficou à frente neste Brasileirão, venceu dez, empatou seis e perdeu oito vezes – aproveitamento de 50%. A campanha foi suficiente para evitar a queda do Vasco no torneio.
Em 2024, porém, apesar de um bom início de ano, com jogos valentes diante dos três rivais do Rio de Janeiro, a história não se repetiu. O aproveitamento praticamente se manteve – 50,9% em 17 jogos, mas a queda no rendimento e a eliminação para o Nova Iguaçu na semifinal do Carioca pesaram.
A gota d’água foi a goleada sofrida em casa por 4 a 0 para o Criciúma, time oriundo da Série B do Brasileiro. O argentino não resistiu ao vexame e pediu para sair, com o Vasco voltando ao mercado por um novo comandante.
Relembre os técnicos estrangeiros do Vasco desde 1961
- Ricardo Sá Pinto (português), em 2020 – 15 J (3V, 6E, 6D)
- Ramón Díaz (argentino), entre 2023 e 24 – 41 J (17V, 11E, 13D)
- Álvaro Pacheco, a partir de maio de 2024
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