A CBF adiou os jogos dos times gaúchos pelos próximos dias, contudo o cenário no Rio Grande do Sul é desolador para os clubes. Por contas das enchentes que assolam o estado e deixam mortos e rastros de destruição, o Grêmio informou que não conseguirá mandar partidas na Arena por pelo menos um mês. Além disso, o Imortal não pretende sair de seu território neste momento.
Presidente do Grêmio, Alberto Guerra afirmou que a curto prazo não há possibilidade de os clubes gaúchos voltarem às atividades. Ele voltou a declarar que o Brasileirão deveria ser paralisado.
“Num espaço curto, 10, 15, 20 dias, não tem como pensar em futebol. Depois vamos ver as condições de estádios, não acredito que na Arena e no Beira-Rio vamos conseguir mandar jogos em menos de um mês. O aeroporto já está fechado até dia 30, e há informações que pode ir mais longe que isso. Pontes que ligam as cidades destruídas. Como vão chegar aqui, como vamos sair? É o que estamos vivendo, um dia depois do outro”, informou Guerra, ao programa “Tá na Área”, do “sportv”.
Alberto Guerra falou ainda sobre o ato de solidariedade de rivais brasileiros ao Grêmio, Internacional e Juventude, times da Série A que estão sendo prejudicados com a crise no Rio Grande do Sul. Na última terça-feira (7), Flamengo, Palmeiras e São Paulo disponibilizaram suas instalações para que os clubes gaúchos possam treinar enquanto o problema no estado não se normalize.
Grêmio não pensa em sair do Rio Grande do Sul
“Nós aqui no Grêmio recebemos essa solidariedade, esse oferecimento do Palmeiras, Flamengo, São Paulo, como também de quase todos os clubes, mas também julgo que é justamente por conta desse distanciamento e de não saber o que estamos passando é que estão oferecendo isso. Talvez nos sirva a partir de junho, para a gente poder pensar nisso, no entanto, agora, não tem como eu chegar para os meus jogadores, falar para o Diego Costa, para cada um deles, para se reunir, ir lá para o Rio de Janeiro e vamos treinar que semana que vem tem jogo, não tem como. Eles estão preocupados com suas famílias, muitos dos jogadores perderam casas, 70 pessoas que trabalham no CT do Grêmio, a grande maioria perdeu muita coisa, estão em casas de amigos e parentes”, declarou, ao “UOL”.
A prioridade do clube é o suporte a funcionários diretamente atingidos pelas enchentes o estado. O clube ainda analisa os próximos passos, mas sair do Rio Grande do Sul não é uma opção no momento.
Apesar de não estarem treinando por conta do alagamento do CT Luiz Carvalho e da Arena, os jogadores têm recebido orientação de treinos físicos a distância, por conta do acompanhamento do Departamento de Ciência, Saúde e Performance.
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