Joguinho safado esse Palmeiras 0x0 Flamengo. É como anunciar show do Frank Sinatra e apresentar o Zé da Melodias. Um espetáculo lamentável. O difícil, aqui, é afirmar quem foi pior. Ou mais medroso. Ou mais incapaz.
A propósito, quando você vê a escalação com Allan e Carlinhos, que deixaram La Cruz e Pedro no banco, em partida contra o Palmeiras, no Allianz, não há como conter a revolta. Poupar os dois craques em tal situação é de uma estupidez sem par. O que amedronta é a possibilidade de tomar uma goleada. Mas os comandados de Abel Ferreira não disseram presente.
Menos mal porque o Rubro-Negro com Tite como comandante, e a Copa América pelo caminho, briga no Brasileiro apenas por vaga na Sul-Americana, nada além. A queda do técnico, provavelmente em junho, após mais fracassos que ocorrerão neste campeonato e na Libertadores, poderão salvar o clube, quem sabe, na Copa do Brasil, dependendo dos adversários que surgirão até lá. É de arrepiar a necessidade de enfrentar o Bolivar – que tem uma boa equipe – quarta na altitude de La Paz.
Flamengo x Palmeiras
Foi de dar dó. Trocar La Cruz e Pedro por Allan e Carlinhos é como ter uma cobertura na praia do Leblon e morar num barraco de madeira na Chatuba. Desde o primeiro tempo, o Flamengo não viu a cor da bola. Mas o o Palmeiras não soube aproveitar. Também parecia anestesiado. Ainda vimos a farta distribuição de cartões amarelos. Remo 1 x 2 Volta Redonda, sábado no Baenão, se você não viu, deu de 10 a 0 no clássico.
O Flamengo voltou para a etapa derradeira com 10, pois Pedro substituiu Carlinhos no intervalo, embora Allan – o que é Allan? Quem inventou isso? – continuou em campo. O Palmeiras retornou sem muita iniciativa, mas manteve o controle, o que sugeria que em dado momento fatalmente encontraria o caminho do gol, tal a inoperância da equipe carioca. Curiosamente, no entanto, não mostrava vontade de ganhar. Aos 12 minutos, Allan chutou de longe e sentiu. Quem sabe por longo tempo. Mas as preces foram ouvidas. Entrou Gérson.
O jogo ficou equilibrado. O problema é que o Flamengo também vê o 0 a 0 como uma dádiva. O tempo vai passando e nada acontece. O time paulista fez mudanças. La Cruz, enfim, pisou o gramado. Com o uruguaio em campo, a possibilidade de vitória cresceu. Pelo que o Palmeiras não fez, com ele, desde o começo, dava até para ganhar. Mas ambos entenderam que o empatezinho estava de bom tamanho. Ridículo.
E o River, sem La Cruz, tomou de três a dois do Boca. Com três gols de uruguaios…
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