O iminente anúncio do técnico Luis Zubeldía para o comando do São Paulo, nesta sexta-feira (19/4), escancara uma tendência mercadológica entre os quatro representantes do Estado na Série A do Campeonato Brasileiro: todos empregam técnicos importados.
O Palmeiras é um dos pioneiros dessa moda. Conta com os serviços e Abel Ferreira desde outubro de 2020. O português é o dono da prancheta mais longevo da elite do país. São cinco anos e cinco meses no cargo, com 11 títulos conquistados. Entre eles, dois Campeonatos Brasileiros, duas Libertadores e uma Copa do Brasil.
Mente por trás da filosofia de jogo do Red Bull Bragantino desde dezembro de 2022, Pedro Caixinha é o quinto mais resistente entre os treinadores dos times de pelotão de elite do Brasil. Ao contrário do compatriota palmeirense, Caixinha ainda não comemorou títulos. Porém, tem se acostumado a colocar o time do interior paulista na roda das competições internacionais.
A trinca portuguesa do futebol paulista ficou completa com a chegada de António Oliveira no Corinthians. Ex-dono da prancheta do Cuiabá, o profissional de 41 anos tem dois meses de Centro de Treinamento Dr. Joaquim Grava. Ao contrário dos irmãos de pátria, faz um trabalho de recuperação do alvinegro. Chegou para evitar o rebaixamento no Estadual e organizar a casa para os outros principais desafios: Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-Americana.
O São Paulo volta a ter um técnico gringo após quase três anos. O último havia sido Hernán Crespo. O argentino, inclusive, foi o responsável por encerrar o jejum de quase uma década sem títulos, com a conquista do Paulistão de 2021. Foi demitido após 53 jogos — 24 vitórias, 19 empates e 10 derrotas — em meio ao flerte com o rebaixamento no Brasileirão. De lá para cá, Rogério Ceni, Dorival Júnior e Thiago Carpini tocaram o barco tricolor.
Antes de Crespo, outros estrangeiros aceitaram recentemente o desafio de comandar o dia a dia no Centro de Treinamento da Barra Funda. Diego Aguirre foi quem mais esteve perto de faturar o Brasileirão. Liderou o primeiro turno em 2018, mas não cruzou a linha de chegada na ponta. Disputou 43 partidas e obteve 19 vitórias, 15 empates e nove derrotas durante a passagem.
Dois anos antes, Edgardo Bauza era a voz da consciência tricolor à beira do gramado. Sob a batuta dele, a equipe chegou à semifinal da Libertadores, mas teve o sonho do tetracampeonato frustrado com a eliminação para o Atlético Nacional, da Colômbia. Bauza trocou o São Paulo pela seleção argentina após 48 jogos, com 18 vitórias, 13 empates e 17 tropeços.
Argentino natural de Santa Rosa, Luis Zubeldía, 43 anos, se encaixa no perfil procurado pela diretoria do São Paulo. O currículo dele conta com passagens por clubes da Argentina, Equador, México, Colômbia, Espanha e Paraguai. O último grande trabalho foi na LDU de Quito. Na temporada 2023, conquistou o título da Sul-Americana sobre o Fortaleza e eliminou o tricolor nas quartas de final.
Zubeldía deve estrear no comando do São Paulo em 25 de abril, no duelo fora de casa contra o Barcelona de Guayaquil-EQU, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. Neste domingo (21/4), às 18h30, o auxiliar Milton Cruz estará à frente da equipe contra o Atlético-GO, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
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