O início do jogo entre Santos e Corinthians, pela quinta rodada do Brasileirão feminino, nesta quinta-feira (12/4) teve uma ação de protesto das jogadores do Timão. Durante o Hino Nacional, as atletas colocaram a mão sobre a boca ou tapando os ouvidos. Uma alusão de que as atletas do futebol feminino não são escutadas em assuntos relevantes. A motivação foi a volta do treinador Kleiton Lima ao Santos.
Kleiton estava afastado desde setembro por causa de denúncias que 19 jogadoras santistas fizeram alegando assédio, moral e sexual. Na época, o treinador pediu afastamento. Porém, retornando no último dia 9 de abril. A informação da diretoria santista é que o complicance do Santos apurou, mas não confirmou que ocorreu assédio, mesmo com 19 denúncias anônimas.
Das 19 jogadores, que fizeram as denúncias anônimas, muitas não estão mais no elenco do Santos. Afinal, 14 atletas saíram do clube. Em entrevista ao SporTV, a coordenadora de futebol do Santos disse que, para a diretoria recolocar o treinador no cargo, uma das ações que ela fez foi conversar com várias das atletas que saíram. Porém, nove dessas atletas foram às redes sociais e disseram que não ocorreu contato algum, mostrando indignação com a volta do técnico ao cargo.
Protestos generalizados
Tudo isso irradiou entre as jogadoras de outros times. Prova disso é que, além Além do jogo do Corinthians, ocorreu o mesmo protesto antes do outro jogo desta sexta-feira, entre Palmeiras e Avaí Kindermann. E o Cruzeiro, pouco antes do início do jogo entre santistas e corintianas soltaram um vídeo. Já Kleiton Lima, entrevistado pelo SporTV, antes da bola rolar. Mas ele se negou a responder, prefernindo dizer que estava focado no jogo.
Santista faz gol e mostra apoio ao treinador
Contudo, assim que fez um gol para o Santos, no prmeiro tempo, a atacante Ketlen, principal jogadora do time, correu para abraçar o técnico, uma prova que há apoio, pelo menos de algumas jogadores do Santos ao treinador. No intervalo, Ketlen não comentou sobre a sua atitude de apoio.
Corinthians volta a protestar no seu primeiro gol
Mas Vic Albuquerque, que fez um gol para o Corinthians no primeiro tempo (que terminou 1 a 1), colocou a mão tapando a boca. E m seguida, todas as jogadores do time repetiram a atitude na celebração. No intervalo, Vic desceu o verbo.
“Foi um manifesto. As mulheres precisam ter segurança para serem ouvidas. É isso o que queremos. Segurança para, no trabalho, não sermos abusadas moral ou sexualmente. No trabalho e na vida”.
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