O ex-jogador Neto se defendeu de uma acusação do camisa 10 do Al-Hilal, Neymar, em inquérito aberto pelo atleta para apurar se o apresentador cometeu delito de incitação ao crime.
Tudo começou após o jogo entre Brasil e Venezuela, que terminou em 1 a 1, em Cuiabá, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026. Na saída do jogo, um torcedor jogou um saco de pipoca que acertou Neymar. O jogador rapidamente xingou e, depois durante uma entrevista, falou sobre falta de educação e “se reclama tanto, deveria ter treinado e estar em campo, não eu”.
No dia seguinte, no entanto, Neto disse no programa Os Donos da Bola, na TV Bandeirantes, que os torcedores não deveriam jogar pipoca e deu uma sugestão.
“O Neymar não dá um pique hoje. Tem que mijar, todo mundo tem que mijar na cabeça deles, fazer cocô e jogar. Tem que fazer isso”, disse.
O vídeo rapidamente viralizou nas redes sociais e motivou Neymar a procurar o Ministério Público e argumentar que não foi vítima de uma crítica jornalística, mas, sim, de uma ofensa que o coloca em risco.
“Me senti ofendido. Neto fez uma incitação ao ódio e isso gerou um ódio muito grande nas redes sociais. Eu e minha família ficamos com medo dessa situação”, declarou Neymar.
Neto se defende
No entanto, Neto se defendeu. O ex-atleta disse que a maneira como Neymar interpretou a fala é “absurda e equivocada” e que “jamais incitaria alguém a cometer algum crime”.
“Utilizei apenas uma figura de linguagem, assim como evidentemente Neymar não queria que o ‘torcedor jogasse em seu lugar'”, declarou.
O comunicador declarou ainda que a crítica foi para todos os jogadores e não apenas a Neymar. Ele ainda ampliou e alertou que o meia “gosta muito de ser adulado” e que o jogador devia “honrar mais o público que lhe deu fama, sucesso e muito dinheiro”.
O Ministério Público agora vai decidir se apresenta denúncia contra Neto ou se vai arquivar o caso.
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