O No Ataque lançou, na terça-feira (10/4), o minidocumentário “Proibidas por lei: as mulheres que desafiaram a ditadura nos campos de Minas”. O curta retrata parte da história do futebol feminino em Minas Gerais durante a ditadura militar, que durou de 1964 a 1985.
Foram entrevistadas mulheres que praticaram ou tentaram praticar futebol no período em que ele era proibido. A proibição começou em 1941, com um decreto assinado por Getúlio Vargas, e reforçada em 65, pelo então Conselho Nacional de Desportos (CND). Nesse tempo, entretanto, o amor delas pelo esporte não desapareceu.
Ainda que proibidas oficialmente, muitas mulheres continuaram a jogar futebol nas ruas e escolas, ao lado de amigos e irmãos. Driblando o preconceito de uma época excludente, elas plantaram a semente que nos traz aos dias atuais. Desde o primeiro toque na bola, a busca incansável pelos direitos em campo estão presentes.
Nessa época, pensar no futebol como profissão parecia loucura. Como mulheres, se proibidas, iriam conseguir ir a campo e ganhar dinheiro com isso? A prática era apenas um sonho distante. Contar a história dessas personagens é relembrar e negar o esquecimento de uma época em que o futebol feminino ganhou rostos e força.
Ao longos dos anos, principalmente depois da queda da proibição, em 1979, as mulheres começaram a ter mais chances. Os clubes surgiram a partir de torcidas organizadas, depois, campeonatos oficiais foram organizados. Mineirão e Maracanã foram palcos de grandes jogos. Mesmo em um período de desconfiança e preconceito, elas ganharam também as manchetes dos jornais.
Teaser do minidocumentário
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