Na história dos dois torneios continentais de clubes mais badalados do mundo, somente um país conseguiu enfileirar seis títulos consecutivos. Os times da Inglaterra conquistaram a Copa dos Campeões da Europa — atual Uefa Champions League — no período de 1977 a 1982. Liverpool (1977 e 1978), Nottingham Forest (1979 e 1980), Liverpool (1981) e Aston Villa (1982) estabeleceram a maior hegemonia de uma nação. A Copa Libertadores jamais experimentou isso.
O Brasil pode aplicar a mão inglesa na América do Sul porque domina a competição há cinco temporadas seguidas. Flamengo (2019), Palmeiras (2020 e 2021), Flamengo (2022) e Fluminense (2023) são os protagonistas da supremacia verde-amarela. Se erguer a taça mais uma vez, em 30 de novembro, na capital argentina, Buenos Aires, sede da final única desta versão, a tropa de elite verde-amarela alcançará o patamar de excelência das equipes da terra do Rei Charles II.
Independentemente do desfecho da edição com início hoje com a disputa da fase de grupos, o país ostenta a maior dinastia na história da competição disputada desde 1960. A conquista do Fluminense, em 2023, fez o Brasil se desvincular da Argentina. Até então, as duas nações colecionavam o recorde de quatro troféus em sequência. O triunfo tricolor por 2 x 1 contra o Boca Juniors, em 4 de novembro do ano passado, no Maracanã, desempatou.
Dos sete representantes nacionais, quatro disputam o status de primeiro clube brasileiro tetra continental. Os tricampeões Flamengo e Grêmio estreiam hoje. O Palmeiras debutará amanhã e o São Paulo, na quinta-feira. Atlético-MG e o atual campeão Fluminense estampam uma estrela. O Botafogo jamais disputou final. Por sinal, dos 12 clubes mais tradicionais do Brasil, somente o Glorioso não tem uma placa cravada na taça. Só há espaço para adicionar um clube. Estão em jogo o êxito esportivo e financeiro. A Libertadores depositará na conta do campeão a maior premiação do futebol mundial: R$ 115 milhões. A Champions League paga R$ 109 milhões.
Os rubro-negros e tricolores terão de lidar, hoje, com a altitude. O Flamengo contra o Millonarios nos 2.640m de Bogotá, na Colômbia. Ontem, Tite indicou mudanças para o duelo de hoje, às 19h30, no El Campín. Fabrício Bruno, De La Cruz e Luiz Araújo dão lugar a David Luiz, Igor Jesus e Bruno Henrique. A comissão técnica do Adenor não costuma ter problemas nas alturas. Quando comandava a Seleção, venceu Equador por 3 x 0, em Quito, e a Bolívia por 4 x 0, nos 3.600m de La Paz pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Qatar-2022. O preparador físico Fábio Mahseredjian costuma ter a penúltima palavra na escalação.
A campanha do Grêmio começará na altitude da capital boliviana contra o The Strongest, no estádio Hernando Siles. Focado na finalíssima do Campeonato Gaúcho contra o Juventude, no sábado, o técnico Renato Gaúcho priorizou um elenco alternativo formado por reservas e jogadores das categorias de base.
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