O presidente do Vasco, Pedrinho, falou à imprensa na tarde desta quarta-feira (27), em São Januário, para fazer um balanço dos 60 dias de sua gestão e responder aos questionamentos dos jornalistas.
Em um primeiro momento, o mandatário pediu a palavra para fazer uma introdução sobre estes dois primeiros meses no cargo. Ele revelou, por exemplo, que da dívida de aproximadamente R$ 700 milhões, nenhum real é de sua gestão.
“Nesses 40, 50 anos, o Vasco acumulou uma dívida de mais de 700 milhões. No qual a minha gestão de apenas 60 dias ela não fez um real dessa dívida. Que isso fique muito claro, porque parece que foi sob a minha gestão que fizemos essa dívida. Inclusive, dentro essa dívida, eu tinha uma dívida, um resquício para receber, que eu abri mão, obviamente, de receber, vendo o estado financeiro do clube associativo”, iniciou.
Posteriormente, ele explicou sobre os motivos de convocar uma coletiva somente após o término do Carioca e a eliminação do Vasco. Segundo Pedrinho, a ideia era não prejudicar o andamento do time e criar tumulto na reta final do torneio.
“Também resolvi me comunicar com vocês ao término do Campeonato Carioca. Devido infelizmente ao Vasco não chegar nas finais, nós antecipamos isso. E também de forma cautelosa e respeitosa, a comissão técnica através do Ramón (Díaz) e Emiliano, funcionários da SAF e também encontrando no coração do clube que é a secretaria, que estava sem nenhum processo organizado e nós precisávamos acelerar isso para dar um mínimo respaldo para o clube funcionar. Não quis falar durante o Campeonato para não ter nenhuma interferência ou pelo menos politicamente alguém pudesse usar isso, é como se tivesse atrapalhando esportivamente o Vasco, que é o principal intuito de nós”, revelou.
RELAÇÃO COM A SAF DO VASCO
Ele explicou também sua relação com a SAF. Pedrinho revela que recebeu convite antes da eleição de 2023 para trabalhar num cargo remunerado relacionado ao futebol. O que lhe causa ‘estranheza’, porém, é ter recebido tal proposta, mas não estar sendo consultado para nenhuma decisão esportiva.
“Essa relação com a SAF também me causa estranheza, porque quando eu sou um comunicador (trabalhava no canal SporTV), eu sou procurado pela SAF e recebo um convite para exercer um cargo muito importante. Cargo remunerado, obviamente. Partindo desse princípio quando me lanço candidato e sou eleito, o raciocínio óbvio é de que além de presidente, sócio, temos 30%, é que a gente tivesse uma relação próxima quanto à construção esportiva. Que fique claro que, por mais que eu seja sócio minoritário, eu não posso obrigar ninguém a nada. Eu não posso botar uma arma na cabeça de alguém e querer participar de todo o planejamento. E isso não é uma reclamação, não, que fique claro. Porque as pessoas podem achar: ‘ah, está incomodado que você não está participando do futebol’, não! Eu estou incomodado porque eu poderia colaborar e tentar construir algo interessante (no âmbito) esportivo”, afirmou, antes de prosseguir:
“Até porque se eu tenho um sócio, que teoricamente eu quis contratá-lo lá atrás, e esportivamente eu não estou desempenhando, seria natural que tivesse pelo menos uma conversa em relação à questão esportiva. E conversa que fique claro, não é uma mensagem faltando 15 minutos para publicar alguma coisa. Uma relação esportiva parte do princípio de um planejamento, mas isso não aconteceu. Respeito completamente, apesar de não concordar. Então não participei de planejamento, contratações, dispensas. Isso eu não fiz parte. E é até bom deixar claro, e não fugindo de responsabilidade, Que eu seja cobrado onde eu tenho controle e faço parte do processo, infelizmente eu não faço parte desse processo”, explicou.
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