O lateral-direito Danilo, que usará a braçadeira de capitão da Seleção Brasileira no sábado (23/3) durante o amistoso contra a Inglaterra, se pronunciou sobre os casos de Daniel Alves e Robinho que foram condenados, respectivamente, por agressão sexual e estupro.
O jogador foi questionado em coletiva de imprensa, nesta sexta (22), diretamente sobre os casos dos jogadores, que já vestiram a camiseta do Brasil em várias ocasiões. Danilo inclusive jogou com Daniel Alves na Copa do Mundo do Catar, em 2022.
Na resposta sobre o tema, o jogador refletiu sobre o machismo na sociedade e papel dos jogadores em serem exemplos para os mais jovens.
"Entendo que na minha posição, como jogador há mais tempo na Seleção, exercendo o papel que exerço, é importante que eu fale. Acho, sim, que é importante passar por conscientização dentro da seleção brasileira, nas categorias de base, mas também gostaria de fazer a reflexão de que a gente não faça o julgamento que isso acontece só no futebol. É reflexo da sociedade e vem a se espelhar no futebol", iniciou a fala.
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Para o jogador, é importante que eles, enquanto atletas de alto nível, entendam o lugar que ocupam e o papel que têm em influenciar positivamente e negativamente. "Está na hora de entender melhor que nosso papel é jogar futebol, representar os clubes e a seleção brasileira, mas também servir de exemplo de comportamento e de forma de lidar fora de campo para a juventude", pontuou.
"Temos que entender que temos mães, irmãs, filhas, esposas, namoradas e que essas mulheres passam por provações e pensamentos que nós, enquanto homens, não passamos. Como pensar em que roupa vai sair por um julgamento ou por abrir um suposto precedente para qualquer coisa. Conversando com uma pessoa outro dia ela me disse: 'Se tem um caminhão parado na rua, eu não passo atrás porque tenho receio que ali tenha alguém que me faça mal'. Nós, enquanto homens, não temos esse tipo de receio", frisou Danilo.
Ao final, ele destacou ainda que falta iniciar uma conscientização, especialmente para a juventude, e externou o sentimento diretamente ao diretor de comunicação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rodrigo Paiva, que estava presente na coletiva.
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