O Ministério Público da Espanha pediu o aumento da condenação de Daniel Alves para nove anos de prisão. A sentença inicial do ex-jogador de futebol brasileiro foi de quatro anos e meio, pelo crime de estupro. A informação é do jornal espanhol La Vanguardia.
A promotoria afirma, ainda, que a pena de Daniel não deveria ter sido diminuída diante do pagamento de 150 mil euros pagos à vítima, visto que o atleta "não demonstrou uma verdadeira vontade de reparar o dano causado".
O jogador conseguiu o direito de liberdade provisória mediante o pagamento da fiança no valor de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões). A previsão é de que ele deixasse a prisão em Barcelona nesta quinta-feira (21/3), mas o valor não foi pago dentro do prazo.
Daniel foi condenado por agressão sexual contra uma mulher no banheiro de uma boate em Barcelona, ocorrida em dezembro de 2022. A Justiça espanhola entendeu que a relação entre os dois não foi consensual, como alegava a defesa do jogador.
O ex-jogador deverá cumprir uma série de regras para permanecer em liberdade. Ele não poderá ter acesso aos passaportes brasileiro e espanhol — que estava detido desde que Daniel foi preso por um pedido da acusação, pelo risco de fuga dele para o Brasil — e assim está proibido de deixar a Espanha, tendo ainda que comparecer semanalmente ao tribunal.
Ele também não pode ter contato nenhum com a vítima, precisando ficar até um quilômetro de distância da casa dela, do trabalho ou qualquer lugar frequentado por ela.
Daniel estava preso de forma preventiva há 14 meses. Seguindo as leis espanholas, ele obrigatoriamente teria que deixar a prisão daqui 13 meses, caso não houvesse sentença definitiva.
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