Libertadores

Júnior Santos assume papel de Tiquinho e vira a cara do Botafogo em 2024

Júnior Santos vibra com Tiquinho, uma sociedade que pode dar o que falar

Raio, Jacaré, Cisne Negro ou Anjo das Pernas Confusas. Todos os apelidos cabem em Júnior Santos, o xodó que tornou-se, de forma meteórica, o protagonista de um Botafogo que renasce em 2024. A ascensão da fera deixou o país boquiaberto, principalmente pelo desempenho na Copa Libertadores e por ofuscar, de forma tão rápida, Tiquinho, ídolo em 2022/2023. Afinal, sem o ponta de lança, o Glorioso não estaria na fase de grupos do principal torneio do continente. Com oito gols em quatro jogos, o atacante virou, em um piscar de olhos, o maior artilheiro da história do clube na competição, deixando para trás a lenda Jairzinho e o folclórico Pimpão.

Por falar em fração de segundos, depois de promover pesadelos nas noites de Aurora (BOL) e Red Bull Bragantino, o Raio caiu na hora certa para o Botafogo. Enquanto Júnior Santos é o artilheiro do Brasil, com 12 gols, e o primeiro, em 2024, a atingir dois dígitos, Tiquinho, o nome das últimas temporadas e referência de ataque, só marcou duas vezes neste ano. É uma diferença que berra, sobretudo pelo fator definição. Na hora crucial, o camisa 9 não correspondeu. Bastava converter um pênalti, e a história seria diferente. Falhou, recebeu uma saraivada de crítica, deixou de ser o “cara” e, assim, assumiu o lugar de coadjuvante de luxo.

Júnior Santos e Tiquinho, aliás, não são concorrentes. Pelo contrário. Em campo, muitas vezes se complementam e se entendem fora das quatro linhas. É aí que reside a esperança de uma harmonia infernal nos próximos jogos do Botafogo. A boa fase de um não anulará o brilho do outro. Sonhar com Júnior Santos rabiscando adversários, com Tiquinho aumento o seu número de gols, não é nada de outro mundo.

Fogo de palha?

O Cisne chegou ao Botafogo em 2022. Saiu no fim daquele ano, teve uma passagem relâmpago pelo Fortaleza em 2023 e retornou ao Mais Tradicional, em definitivo, no mesmo ano passado. Era, na época, uma caixinha de surpresa. De seus pés, saíam jogadas inacreditáveis, assim como presepadas constrangedoras. Entretanto, nunca foi fogo de palha. Destacou-se com golaços e boas performances, inclusive, quando o Botafogo, antes líder isolado do Brasileirão, entrou em uma espiral de crise.

Em 2024, Júnior Santos, desde o início, assumiu o papel de principal jogador do elenco e largou a irregularidade na temporada passada. Decisivo, enfileirou lances de tirar o chapéu e responde por 36% dos dos do Alvinegro. Hoje, é o principal rosto do elenco e em quem a torcida mais deposita a esperança para terminar a temporada festejando no palacete colonial de General Severiano.

“Estou muito feliz pelo momento, fazendo os gols para ajudar a equipe. É continuar seguindo com foco e determinação, que vamos crescer. Fico feliz e motivado a trabalhar todo dia. O grupo está empenhado. Vamos nessa garra, nesse espírito”, pediu Júnior Santos, o Anjo das Pernas Confusas.

Os artilheiros de cada time da Série A

1º) Júnior Santos (Botafogo) – 12 gols

2º) López (Palmeiras) – 10 gols

3º) Pedro (Flamengo) e Luiz Fernando (Atlético-GO) – 9 gols

4º) Vºegetti (Vasco), Yuri Alberto (Corinthians), Pitta (Cuiabá), Lelê (Fluminense), Valencia (Internacional) e Osvaldo (Vitória) – 6 gols

5º) Hulk (Atlético-MG), Sasha (Bragantino), Pablo (Athletico-PR), Lucas Barbosa (Juventude), Pikachu (Fortaleza), Thaciano (Bahia) e Ratão (Bahia) – 5 gols

6º) Dinneno (Cruzeiro), Cristaldo (Grêmio), Eder (Criciúma) e Vizeu (Criciúma) – 4 gols

7º) Luciano, Ferreirinha e Calleri (São Paulo) – 3 gols

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