Fluminense

Flu luta, mas não supera a mediocridade do classificado Flamengo

Tite observa o comportamento do Flamengo no duelo contra o Fluminense

Um jogo péssimo para ambos, o Fla-Flu deste sábado (16/3), 0 a 0, que classificou o clube da Gávea para as finais do Estadual. Na realidade, o confronto terminou e os torcedores rubro-negros ficaram sem saber qual o Flamengo que disputará a decisão: o que foi convincente na primeira partida, ou o que abusou do estilo medíocre de Tite, na segunda. Quem é exigente, e torce por time gigante, não pode ficar satisfeito com a atuação de hoje. Digamos que foi uma obrigação forçada.

O Flamengo começou posicionado na defesa, tentando explorar em contra-ataques o desespero do Fluminense, que escalou um time eventualmente improvisado, e saiu em busca dos três gols que necessitava. Óbvio. O Tricolor era obrigado a correr riscos. Mas a equipe das Laranjeiras, excessivamente afobada, não ameaçava, e o adversário, confiando na vantagem, não jogava bem.

O Flamengo tem um treinador pragmático e limitado, que mostra dificuldade em promover mudanças quando o duelo exige alguma atitude, e deixava o torcedor rubro-negro apreensivo. A primeira chance real só surgiu aos 27 minutos, quase meia hora, quando Fábio defendeu um chute de Pedro, e a zaga mandou para escanteio. Aos 32, Arrascaeta recebeu livre e rolou para Pedro marcar, mas o gol foi anulado, pois o bonde Luiz Araújo fez falta em Keno na entrada da área, na origem do lance.

Atuação do Flamengo deixa a desejar

Apesar do placar a favor, há uma tensão evidente no ar, dado que a atuação do Flamengo, na prática, é ridícula. E o Fluminense, como dito, faz o que pode, acreditando em prováveis falhas da retaguarda contrária. Aos 41, Luiz Araújo lançou a bola para um amigo que estava na parte de cima da arquibancada. Aos 44, Éverton Cebolinha fez um passe lamentável pela lateral. Haja paciência. Assim, 0 a 0 foi excelente para o time da Gávea, no primeiro tempo, e modificações eram absolutamente necessárias.

Tite fez o evidente, trocando a praga Luiz Araújo por Bruno Henrique, mas é fato que o Fluminense continuou à vontade, tanto que Renato Augusto, aos cinco minutos, acertou o travessão. Pois o Rubro-Negro poderia perder por dois gols, mas com 15 minutos da etapa derradeira, o resultado derradeiro do confronto está aberto, pois só um gol, de algum lado, pode começar a decidir. Dessa forma, os técnicos partem para substituições.

Dinizismo em declínio

O Flamengo faz partida de time pequeno, tentando segurar o placar, e o Fluminense ainda luta para surpreender, levando-se em conta que o adversário está estático diante do que vê. Fernando Diniz mexe daqui e dali, pois o rival não conseguia matar o jogo. E Gabriel, que decidiu duas Libertadores, é reserva e não entra em campo. Enfim, terá que aguardar a demissão de Tite – que ocorrerá após a primeira ou segunda derrota na competição continental – para voltar a brilhar. Quem pisa o gramado é outro bonde, o Vitor Hugo…

Na realidade, quando o árbitro encerrou o jogo, foi também o fim do primeiro pesadelo Tite – outros virão. Quanto ao Fluminense, que vê um dinizismo em declínio, até que lutou, mas não obteve o milagre, apesar da mediocridade do adversário.

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