Mais de 10 mil espectadores lotaram as arquibancadas da área externa do Mané Garrincha nos quatro dias do Campeonato Brasiliense de Motocross. A terceira edição da competição aconteceu neste fim de semana, em 15 categorias, entre femininas e masculinas, e mais 200 competidores das mais variadas idades. Em uma rodada emocionante na categoria Mx1, depois da contagem do cronômetro, Luís Felipe Vale da Rocha conquistou o título local na moto Power Husk 450 superando Alexandre Galdino.
A programação teve início com visitação escolar, oficinas de educação no trânsito e introdução ao motocross para crianças e adolescentes da rede pública do DF. No segundo dia, os competidores puderam usar a arena para treinar. As competições aconteceram no sábado e ontem. O primeiro dia foi voltado para as categorias iniciantes e o segundo, às profissionais.
O estudante Henrique Matos de Freitas Assunção, 9 anos, participou de duas categorias no campeonato. Ele competiu pela primeira vez no ano passado, mas acumula experiência e pódios. "Na primeira rodada, eu acabei largando muito mal. Mas eu consegui me recuperar até ficar em quarto lugar. Eu não consegui chegar no meu objetivo, que era ultrapassar o Caio, o terceiro colocado", contou. "E já na segunda, eu larguei em terceiro, mas fiquei em segundo até acabar a corrida", completou.
O empresário Luis Fernando de Freitas Assumpção, 46, é pai do jovem atleta. Costuma fazer trilhas de moto, mas nunca competiu. "Eu comprei uma motinha à gasolina para ele, e nós andávamos e nos divertíamos juntos. Um dia, nós fomos assistir a uma competição de motocross no Guará. Ele participou, mas não conseguiu terminar. No fim, estava com brilhos nos olhos e falou: 'pai, isso é legal demais!'".
A partir daquele dia, pai e filho partiram em busca de uma escolinha, e o menino segue praticando durante a semana e também nos fins de semana. E o pai o acompanha em todas as competições e eventos. "Hoje em dia, nós dois não conseguimos ficar sem. É a nossa grande diversão", disse.
O evento reuniu várias gerações. Meninas de três anos competiram. "É importante para elas começarem a confiar e entender a importância do esporte desde cedo", diz Marco Mota, produtor do Instituto Brasil Sapiens, que organizou a terceira edição do evento com apoio da Secretaria de Esporte.