Durante uma reunião virtual com a CBF, alguns clubes se posicionaram contra a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro. Atualmente, apenas Athletico, Botafogo e Palmeiras adotaram esse tipo de campo na Série A, porém clubes como Atlético-GO, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Internacional e São Paulo não concordam. Além disso, desejam um possível veto em um futuro próximo. A informação é do portal ‘ge’.
No momento, não há qualquer possibilidade de proibição no curto prazo. Contudo, a CBF convocou a Comissão de Médicos para analisar o tema em conjunto com a Comissão Nacional de Clubes. Além disso, a entidade prometeu contratar consultoria internacional para estudo mais profundo do caso.
Na reunião desta terça-feira (6), chegou-se à conclusão, por unanimidade, de que os clubes podem treinar em campos sintéticos. Assim, os três clubes que se utilizam deste time de gramado terão que liberar o acesso caso o time visitante queira realizar um treino no local um dia antes da partida. As medidas só valem para o Brasileirão e não para outras competições organizadas pela CBF, como a Copa do Brasil.
Posicionamentos sobre o sintético
O presidente da Fenapaf, Alfredo Sampaio, foi quem trouxe o tema para o debate e reiterou ser contra o aumento de estrangeiros e uso do gramado sintético. Outro dirigente que concordou com o posicionamento foi Mário Bittencourt, presidente do Fluminense. Diversos clubes acompanharam o discurso em virtude de possíveis lesões por causa da grama artificial e prejuízos à performance esportiva.
Representantes do Palmeiras, a presidente Leila Pereira e o vice Paulo Buosi contestaram os clubes que defenderam o veto de grama sintética, assim como o Botafogo. Na argumentação, os clubes alegaram que seus jogadores apresentaram menos lesões do que os adversários que jogam em campos naturais.
Outra alegação da direção palmeirense é que os resultados diante de Flamengo, Fluminense e São Paulo, três dos clubes mais críticos ao uso da grama sintética, são piores do que eram antes no campo natural. Nesse sentido, a Comissão de Médicos da CBF já estuda o tema e apresentou alguns trabalhos iniciais.
Por fim, nele, estão os exemplos de Arábia Saudita e Finlândia, onde se constatou mais lesões em gramados naturais, assim como a não indicação de alterações.
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