O título da Recopa Sul-Americana, conquistado pelo Fluminense nesta quinta-feira (29) emocionou bastante o técnico Fernando Diniz. Afinal, a vitória por 2 a 0 sobre a LDU afastou de vez o velho fantasma da equipe equatoriana, que tinha derrotado o Tricolor nas finais da Libertadores de 2008 e da Sul-Americana de 2009, sempre no Maracanã. Desta vez, porém, o destino favoreceu a equipe das Laranjeiras.
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E a enorme festa dos 60 mil tricolores que foram ao estádio foi o clímax de uma noite memorável. Para Diniz, é justo dividir com a torcida esta conquista tão importante. Mas, ainda mais, o simbolismo de ganhar com um jogador a menos demonstrou a raça da equipe.
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“Fizemos dois gols e o mais bonito foi, com um a menos, continuar em cima e fazer o gol. Ganhou quem mereceu de fato. Quero dividir essa conquista com nossa torcida maravilhosa, as três cores que traduzem tradição. O título é de vocês, peço que continuem a nos acompanhar. Sou muito grato por tudo que fizeram por mim, pela minha carreira; nunca vou esquecer”, disse, à ESPN, ainda apontando que nunca deixou de buscar a ofensividade nos 180 minutos:
“Tinha mais alterações para fazer, se o jogo fosse para a prorrogação. Foi a vitória da humildade, da coragem, não de quem se acovarda. A conquista começou lá em Quito, os jogadores foram heróis lá. Tivemos quase 60% de posse de bola. Era um rival entalado na garganta, um componente a mais para a final, para fazermos mais e entregar essa alegria”.
Muito mais que os títulos
Mas Fernando Diniz acredita que o título tem um peso definido. Questionado se a conquista da Recopa era uma resposta para aqueles que desacreditaram seu trabalho, sobretudo após a demissão da Seleção Brasileira, o técnico do Fluminense negou. De acordo com ele, títulos são importantes, mas transitórios. O técnico disse ainda que não gostaria de ser definido pela quantidade de conquistas que possui.
“Título não é resposta. Não quero que me meçam por título. Campeão é quem vive com dignidade. Se definir por título é apequenar a vida. Vão vir mais títulos, tem muitos trabalhos campeões por aí e que não levantam taça. Mas o nosso não seria pior se a gente não ganhasse. Ser campeão é muito bom, mas não define tudo. Amanhã, já temos que trabalhar de novo para sermos campeões no treino”, concluiu.
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