O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, participou de uma palestra no evento “Futsummit”, que aconteceu nesta quarta-feira (27). Assim, o mandatário relembrou a demissão de Fernando Diniz em 2019, logo nos primeiros meses de sua gestão e reforçou ser seu maior arrependimento desde que assumiu o comando do clube carioca.
Além disso, Mário acrescentou que na época existia um profissional que cuidava do departamento do futebol (Celso Barros, então vice-geral) e que foi, ao lado de Paulo Angioni, voto vencido para a saída do treinador. Anos depois, o reencontro trouxe um sorriso no rosto do torcedor com os títulos inéditos da Libertadores e da Recopa Sul-Americana.
“Hoje foi aniversário dele (Fernando Diniz) e mandei uma mensagem para ele lembrando desse dia. O dia que o Fernando saiu (em 2019), estavam eu, ele e o Paulo (Angioni) no hotel, quando fomos comunicar a saída dele. Naquele momento tinha uma outra pessoa que cuidava da cabeça do departamento de futebol do clube (Celso Barros, então vice-geral) e eu e Paulo, a muito contra gosto, acabamos aceitando a decisão porque não queríamos criar conflito. Era início de gestão”, disse o mandatário, antes de acrescentar:
“Em uma entrevista dos meus dois anos de gestão, em 2021, me perguntaram qual tinha sido o meu maior arrependimento nesses dois anos. Eu disse: não ter segurado o Diniz em 2019. Nós tínhamos convicção no trabalho dele, apesar dos resultados. Eu dei um abraço nele naquele dia, ficamos uns 10 ou 15 minutos abraçados, chorando, por conta da saída dele. E a gente sempre teve a convicção de que um dia traríamos ele de volta”, concluiu.
Convicção na sequência do trabalho
Apesar do título recente da Recopa Sul-Americana, o Tricolor ainda não conseguiu apresentar um futebol consistente em 2024 e ficou pelo caminho no Carioca. Com o fim do sonho do tri, alguns torcedores começaram a questionar o trabalho de Fernando Diniz, algo que foi criticado por Mário Bittencourt. O dirigente reforçou sua convicção no treinador e criticou a campanha para a saída por causa de apenas uma eliminação.
“Se a cada insucesso a gente vai trocando não se tem solidez. A gente tem convicção, não cedemos à pressão. O torcedor sempre tem razão, claro, mas ele tem a paixão. Eu sei porque também sou um torcedor e já fui assim. Ficava chateado. A campanha feita por algumas pessoas recentemente com a nossa eliminação no Carioca, colocando em cheque um trabalho de dois anos do treinador à frente do clube é inacreditável”, afirmou.
“Um cara (Fernando Diniz) que está com a gente desde 2022, fomos semifinalistas de Copa do Brasil, campeões carioca com uma virada sobre nosso maior rival na final, fizemos partidas memoráveis na Libertadores, fomos campeões. É inacreditável que após uma eliminação para o Flamengo, que é um clube que hoje tem o maior investimento do futebol brasileiro, e a gente com 30 dias de defasagem de pré-temporada, que as pessoas comecem a contestar um trabalho extremamente sólido de dois anos. E ele é sólido justamente porque temos convicção”, concluiu.
Siga o Jogada10 nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook.
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br