De volta à Seleção Brasileira, Paquetá preferiu não entrar em detalhes sobre a investigação a investigação da Federação Inglesa sobre suposta participação em irregularidades envolvendo apostas. Nesse sentido, o jogador, que voltou a ser convocado após nove meses, ressaltou que não tem autorização para se posicionar sobre o assunto e preferiu destacar a felicidade de vestir a amarelinha e o reencontro com Dorival Júnior.
“Estou muito feliz. Trabalhei com Dorival no meu final no Flamengo. Foi uma experiência incrível. Estar na seleção sempre foi meu sonho e me sinto privilegiado por isso. São momentos que acontecem, tenho feito meu trabalho no West Ham. Tenho jogado e me divertido, mas tento que nada de fora me atrapalhe em campo”, disse.
“Na verdade, eu fui instruído a não comentar sobre esse assunto, mas já são sete meses desde que isso aconteceu e eu estou cooperando ao máximo”, acrescentou.
Explicações internas
Com o aval da CBF, Dorival Júnior ouviu pessoalmente do jogador, tudo que tem acontecido ao longo dos últimos meses em sua carreira. Na capital inglesa, ambos se encontraram, em fevereiro, e o atleta, do West Ham, da Inglaterra, esclareceu sobre a denúncia do órgão fiscalizador Sports Radar e o andamento do processo.
Apesar da denúncia, o clube inglês jamais deixou de utilizá-lo, algo que foi ressaltado pelo novo treinador da Seleção durante a divulgação da lista de convocados para os amistosos com Inglaterra e Espanha. A comissão técnica entende que enquanto Paquetá estiver em atividade e não existir provas que indiquem qualquer irregularidade, ele seguirá apto para convocações normalmente. Diante disso, o jogador terá papel de protagonismo e espera ajudar também os oito estreantes na Seleção.
Protagonismo com velho conhecido
De acordo com Paquetá, a adaptação ao novo treinador será mais tranquila, visto que atuou mais recuado sob a batuta de Dorival, ainda no Flamengo. Além disso, o meio-campista ressaltou que está pronto para assumir a responsabilidade de ser um dos pilares da Seleção e um dos protagonistas da espinha dorsal do novo treinador.
“Acho que sim, sem dúvida alguma, por tudo o que falei e pelo tempo que tenho na Seleção, por ter jogado uma Copa, estar há tanto tempo performando na Seleção, não me escondo dessa responsabilidade. Sei que ainda mais agora tenho que colocar para fora o meu melhor, são muitos jogadores jovens e foi assim quando cheguei. É uma responsabilidade de todos, não só do Paquetá, mesmo aquele novo que chega tem que entender que está vestindo a camisa da Seleção e fazer o seu melhor para que a Seleção seja cada vez mais vencedora”, disse
“O Dorival conhece muito bem minhas características. No Flamengo, na chegada dele, eu jogava dessa maneira que joguei na Copa, um pouco mais recuado, do lado do Cuellar. Ele acabou me chamando para conversar, falando que me enxergava um pouco mais avançado, pisando na área, criando jogadas. Foi assim que ele me utilizou. Acho que aqui não vai ser diferente. Sempre me disponibilizo a estar em campo fazendo meu melhor, ajudando onde for preciso. Me sinto confortável jogando no meio, acho que será assim que ele vai me utilizar”, completou.
Entenda o caso
Na investigação, existe um relatório apresentado pelo Sports Radar, um órgão fiscalizador de ações suspeitas, à FA. Eles constataram um volume incomum de apostas casadas em duas partidas realizadas no mesmo dia, 12 de março de 2023. Os apostadores acreditavam que Paquetá receberia um cartão amarelo no jogo entre West Ham e Aston Villa, e Luiz Henrique, atualmente no Botafogo, também seria advertido no confronto entre o Real Betis, seu ex-time, e o Villareal, algo que aconteceu.
O prazo para a conclusão da investigação da FA era no dia 11 de outubro de 2023, um mês após o depoimento prestado por Paquetá. Contudo, em outubro, a federação solicitou novas provas ao processo. Com isso, o órgão ainda não divulgou a nova data para um parecer final. Algo que definirá se o caso avançará para um inquérito ou será arquivado.
Por outro lado, pessoas ligadas ao meio-campista afirmaram que também não receberam nenhuma novidade sobre o caso. Todavia, entendem que não há como agilizá-lo na busca por uma conclusão mais rápida. Como a federação inglesa não indicou que existam provas contra o atleta, a CBF entendeu que há segurança para o retorno de Paquetá à Seleção.
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