Com a eliminação para o Nova Iguaçu, no último domingo (17), no Maracanã, o Vasco chegou ao quinto ano seguido sem avançar à final do Carioca. Mais que isso, não conseguir vencer um adversário que disputa a Série D do Brasileirão evidenciou problemas que precisam ser solucionados. Entre eles, o elenco, que ainda apresenta algumas fragilidades, peca na falta de poderio ofensivo e criatividade.
Diante deste cenário, a equipe terá pela frente 27 dias para se preparar visando a estreia no Campeonato Brasileiro, prevista para o dia 13 de abril, contra o Grêmio, no Rio de Janeiro. Fora de campo, o diretor executivo de futebol, Alexandre Mattos, precisará agir neste período junto com a 777 Partners para qualificar o elenco.
No momento, existe uma cláusula no Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas da CBF, que permite inscrições de jogadores entre os dias 01 e 19 de abril. Na prática, os clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro podem contratar apenas atletas que disputaram algum campeonato estadual no primeiro trimestre. Apesar da limitação, a comissão técnica entende que o time precisa de reforços.
Espinha dorsal prejudicada
Em campo, Ramón Díaz insistiu com peças que não têm tido bom rendimento em um jogo decisivo. Nomes como Rojas, Praxedes e Zé Gabriel foram bastante criticados na derrota para o time da Baixada Fluminense. Com as lesões de Jair e Paulinho, o treinador viu sua espinha dorsal se desmanchar e não conseguiu manter a mesma qualidade com as peças que tinha à disposição para substituí-los.
Fora isso, o impacto no elenco não foi só na qualidade, como também na quantidade para uma composição. Só no setor ofensivo deixaram o clube Gabriel Pec, Orellano, Marlon Gomes, Figueiredo e Alex Teixeira, assim como os dois lesionados. Por outro lado, apenas Adson e David chegaram para ocupar as mesmas faixas de campo. No entanto, ainda é pouco para uma equipe que enfrentará 38 rodadas no Brasileirão e as próximas fases da Copa do Brasil
Recomposição para o craque do time
A lacuna tanto existe, que Ramón Díaz muitas das vezes desloca sua principal arma de criação Dimitri Payet, para ocupar o lado esquerdo, limitando os avanços de Lucas Piton, que tem qualidade para fazer a ultrapassagem. Além disso, perde o poder de criação por dentro do francês, que tem visão de jogo para decidir em um passe vertical para Vegetti ou finalização ao gol.
O meio-campista esbanja qualidade técnica e pode contribuir muito para que o Vasco tenha uma temporada mais tranquila e almeje voos maiores. Contudo, tem 36 anos e a questão física irá pesar para que ele possa atuar em todas as partidas. Para isso, é preciso ter reposição, com mais jogadores de criação que auxiliem o francês nos momentos cruciais das competições.
O Cruz-Maltino trouxe para o meio de campo Galdames e Sforza, que demonstram ter qualidade, porém não são homens de criação para auxiliar Payet. O treinador já mostrou que pode extrair o melhor de seu grupo, entretanto precisa de mais peças, para não haver um desequilíbrio entre os setores.
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