CARIOCA

Entenda por que Tite tem a chance de uma revanche contra Diniz

Atual comandante do Fla foi eliminado com o Corinthians na semi do Paulistão de 2016 para o Audax de Diniz. Hoje, às 21h, eles iniciam o duelo por vaga na decisão do Carioca

Fernando Diniz e Tite trocam afagos em 2016, quando comandavam Audax e Corinthians -  (crédito: Renato Silvestre/Osasco Audax)
Fernando Diniz e Tite trocam afagos em 2016, quando comandavam Audax e Corinthians - (crédito: Renato Silvestre/Osasco Audax)

Em 26 de abril de 2016, Tite esbravejou contra o regulamento do Campeonato Paulista e fez uma espécie de desejo velado quando foi eliminado da semifinal. Motivo da bronca: o alvinegro havia feito a melhor campanha da primeira fase, com 35 pontos conquistados dos 45 possíveis e 11 vitórias em 15 jogos, antes de cair nos pênaltis para o modesto, mas ousado Audax de Fernando Diniz. O mentor dos títulos da Libertadores e do Mundial reclamou de não ter recebido nenhuma vantagem esportiva pelo empenho na classificatória. Deixou claro que gostaria de um duelo em 180 minutos. A semi do Carioca contra o Fluminense, neste sábado (9/3), às 21h, no Maracanã, é quase do jeito que ele pediu, tirando o reencontro com o carrasco de oito anos atrás.

"O que todos nós ficamos chateados é pela campanha que fizemos, e aí joga 90 minutos... Já falei isso antes, não é oportunismo e não estou retirando o mérito da equipe do Audax e do Fernando Diniz. Eu queria que fossem 180 minutos. Sofri essa pressão na rua, porque o nome do Tite é maior que o do Fernando Diniz. Não sei se daqui a cinco anos vai ser. Carrega um peso grande de ter que vencer", desabafou Tite na coletiva.

Lá se vão 2.877 dias desde o discurso. Muita coisa mudou. Fernando Diniz passou de um treinador em experimentação para um influenciador das quatro linhas. Pode não ser considerado maior do que Tite na profissão, mas adquiriu respeito após levar o Fluminense aos título inédito da Libertadores e ao vice-campeonato no Mundial de Clubes sem abrir mão dos conceitos do Dinizismo.

Embora os feitos recentes pesem mais para o lado tricolor do que para o rubro-negro, o time das Laranjeiras está longe de ser favorito. Basta olhar para a tabela para entender a razão Os tricolores fecharam a Taça Guanabara na quarta colocação e com o maior número de derrotas em relação aos demais classificados. Tropeçou nos clássicos contra Flamengo e Botafogo, enquanto Vasco e Nova Iguaçu perderam uma cada. A companhia ensaiada por Tite é a única invicta. Venceu oito dos 11 jogos e ostenta 81% de aproveitamento, com o melhor ataque (23) e a melhor defesa (1).

Fernando Diniz não entrará com força máxima no primeiro capítulo da semifinal. Ponto de equilíbrio do Flu, o volante André foi expulso contra o Botafogo e cumpre suspensão. O treinador testou Lima e Renato Augusto na função de segundo volante. O lateral-direito Samuel Xavier está lesionado e dará lugar a Guga. O ponta Douglas Costa e o zagueiro Marlon também estão com problemas físicos.

O Fla vive momentos menos conturbado. Embora não conte com Gerson, Gabriel Barbosa e Wesley, Tite ganhou um reforço na zaga. Léo Ortiz foi apresentado ontem e está relacionado para a partida. A tendência é que o novato flamenguista fique no banco de reservas.

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postado em 09/03/2024 06:00
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