Cuca falou, nesta segunda-feira (4/3), pela primeira vez como treinador do Athletico-PR. Em entrevista ao canal oficial do Furacão no Youtube, o profissional de 60 anos comentou sobre o desafio de assumir o clube da capital paranaense no ano do centenário e, claro, sobre o escândalo sexual em 1989 envolvendo três companheiros de clube e uma menor de idade. Veja, a seguir, trechos da conversa.
Como cuidou do caso em 2023
"Fomos na Suíça, contratamos duas equipes de advogados, civis e criminais, para que a gente pudesse buscar um novo julgamento, com mais duas equipes aqui no Brasil. Como tinha a prescrição, o ministério (público) de lá não tem como te dar um novo julgamento. Segundo os meus advogados, a nossa chance de absolvição era próxima de 100%, e isso nos dava uma confiança grande. Infelizmente, pela prescrição, não pôde (ter um novo julgamento), e o que melhor ocorreu foi a anulação. De uma forma, a gente fica muito aliviado."
DNA encontrado na vítima
"Sempre falei a verdade e não menti em momento algum. Tem dizeres aí que a moça me reconheceu. Por três vezes, ela não reconheceu e está nos autos. Um DNA inconclusivo, que não é meu, um DNA que eles mesmos entenderam que é inconclusivo, sem contraprova. São coisas que não encaixo as palavras certas para poder falar. Eu não decoro texto, eu falo as coisas com o coração, com o sentimento."
Pressão no Corinthians
"Meu último clube foi o Corinthians, infelizmente uma passagem curta. Diante dos fatos (pressão da torcida) e acontecimentos, resolvemos sair. Aquilo foi uma coisa que me marcou muito, a mim e à minha família. Ali, coloquei na minha cabeça que deveria resolver aquela situação, ainda que tardia, deveria ter feito isso antes. As coisas estavam paradas. Na cabeça da gente, isso tinha acabado, mas eu, como homem, eu devia ter feito isso antes, ido atrás e ter resolvido."
Como assume o Athletico?
"Vou criar um ambiente. A gente tem que ter uma família ali (no Athletico). Os (clubes) que ganham são famílias fechadíssimas, e temos que ser assim para ter um bom ano. Centenário é uma coisa ímpar, exclusiva de cada time, e chegou a vez do Athletico. Isso marca muito, é uma responsabilidade grande. Quando é centenário, logo se pensa em conquistas, se pensa em títulos, e a gente tem que entregar o máximo e, dentro desse máximo, ver no final do ano o que conseguiu de melhor."
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