Jogadores do Corinthians e do Botafogo-SP fizeram, juntos, uma ação em memória do ex-jogador Sócrates. Afinal, ele foi ídolo nos dois clubes e completaria 70 anos no dia 19/2. Portanto, antes da partida válida pela oitava rodada do Campeonato Paulista, o clima era de união dos atletas rivais no Estádio Santa Cruz-Arena Nicnet, em Ribeirão Preto.
Os atletas entraram em campo com patch especial nas camisas. Assim, havia um emblema com imagem de Sócrates e a hashtag #eternodoutor70, em referência à formação acadêmica do craque, que era médico. Além disso, uma grande bandeira com o mesmo emblema foi estendida no círculo central do campo antes do jogo. Duirante o jogo, vencido pelo Timão, um dos gols, marcado por Leandro Maciel, do Botafogo também reverenciou o craque que morreu em 2011. Ele comemorou como o “Doutor”, com o punho fechado e erguido para cima.
Novas homenagens vão acontecer
Com a data do aniversário de Sócrates, outras homenagens estão por vir. Dessa forma, a rua Edgar Rodrigues passará a se chamar Esplanada Doutor Sócrates.
Sócrates: ídolo no Botafogo-SP e Corinthians
Nascido em 19/2/1954 em Belém, no Pará, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira tinha esse nome grande no registro, mas adotou apenas Sócrates no futebol. E o apelido “Doutor” surgiu por causa de sua outra profissão. Meia ofensivo, ele se revelou nas categorias de base do Botafogo-SP, de onde saiu em julho de 1978 para defender o Corinthians. Assim, ficou no Timão até 1984, consolidando-se não apenas como jogador de ponta, mas também como ativista político, liderando o movimento da Democracia Corintiana durante a ditadura militar.
Em julho de 1984 foi para a Fiorentina, na Itália, onde passou um ano. Então, retornou ao Brasil para jogar no Flamengo. Após três anos no Rubro-Negro, ele foi para o Santos. Mas, após um ano e meio no Peixe, voltou ao clube de origem, o Botafogo-SP, onde encerrou a carreira em 1990.
Marca na Seleção Brasileira
Sócrates também deixou sua marca na Seleção Brasileira, onde atuou entre 1979 e 1986, sendo capitão da equipe na Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Craque com reconhecimento internacional, ele foi eleito o melhor jogador sul-americano de 1983 . Além disso, contava com admiração por sua capacidade intelectual, integrando uma lista dos 6 esportistas mais inteligentes da história numa seleção do jornal britânico The Guardian, em 2015.
Entretanto, ele também tinha problemas, principalmente com alcoolismo. Assim, em agosto de 2011, passou por uma internação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, com hemorragia digestiva. Ele recebeu alta, mas depois voltou a ser internado. Em 4 de dezembro de 2011 sofreu um choque séptico e teve falência de múltiplos órgãos. Sua morte repercutiu em jornais do mundo inteiro.
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