O Botafogo do técnico Tiago Nunes vai acumulando maus resultados neste começo de temporada. O time não vence há três jogos, com dois empates (Portuguesa e Nova Iguaçu) e uma derrota (Flamengo). É claro que o ano está só começando e que alguns jogadores são novos no elenco, mas já existia uma base e o treinador a conhecia desde novembro.
Fora da zona de classificação às semifinais do Campeonato Carioca, o Alvinegro corre o sério risco de ficar chupando o dedo no momento decisivo da competição. É certo que a cabeça está voltada para os jogos eliminatórios do primeiro mata-mata da pré-Libertadores, mas não justifica os resultados e, sobretudo, a falta de ambição.
Tiago Nunes passa a impressão de ainda não ter segurança em relação à equipe titular ou ao esquema ideal. E tem ido muito mal nas substituições e nas coletivas, dando a sensação de que a ‘síndrome da entrega no fim das partidas’ é problema exclusivo do trauma dos atletas. Não é! Ele era o treinador nos cinco jogos finais em 2023 do Brasileiro e ali o problema começou a se tornar crônico. Agora se repete.
Carioca é importante para o Botafogo?
Muitos vão dizer que o Carioca não tem grande importância, como se fosse um torneio de pré-temporada. No entanto, é inadmissível ficar fora dos quatro primeiros. O clube perde arrecadação, visibilidade e atrai de vez a bronca da torcida, já tão machucada pela decepção no Brasileiro do ano passado.
Com o elenco que tem, o Botafogo não pode entrar em campo amedrontado, passar os minutos finais defendendo o resultado e levando sufoco de adversários pouco expressivos. Ou até tentar se agarrar a um empate diante do Flamengo, o maior rival. Os alvinegros querem e exigem mais. Como ensinava Heleno de Freitas, o “Botafogo não é lugar para covardes”.
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